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homossexual e heterossexual, de revistas sobre a temática infância (Crescer em<br />

Família, Pais & Filhos, Meu Nenê e Família) durante os anos de 2000 a 2002. A autora<br />

verificou que estas revistas buscam “governar os corpos infantis através de relações<br />

poder / saber sobre os pais, sendo o poder compreendido como uma ação sobre outras<br />

ações possíveis.” (SANTOS, C. 2004a, p.41). As análises foram agrupadas em quatro<br />

temáticas: 1) artigos sobre decoração de quarto de bebê e crianças, 2) matérias sobre<br />

brinquedos, 3) matérias sobre moda infantil e 4) matérias sobre educação, saúde,<br />

alimentação, etc.<br />

A autora, utilizando essas revistas, avalia o papel do pai e da mãe. Esta última<br />

com um direcionamento mais extensivo e específico nos cuidados frente à criança.<br />

Analisa “como os discursos presentes nas publicações para pais, mães e educadoras<br />

posicionam meninas e meninos, e através de que saberes tais posições são<br />

legitimadas.” (SANTOS, C., 2004a, p.132). As revistas guardam uma semelhança ao<br />

procurar ensinar pais e mães como agir, sobretudo em relação aos cuidados infantis.<br />

Nessa mesma linha de pesquisa, mas utilizando-se de uma mídia impressa mais<br />

antiga, contextualizada em outro momento histórico, Moura (2007), com a dissertação<br />

de mestrado A Noção de Infância no Brasil na Década de 1930: Uma Análise da<br />

Revista Infância, investigou a noção de infância na década de 1930, período em que a<br />

proteção à infância na cidade de São Paulo começa a ser difundido. A autora utilizou-se<br />

da revista Infância, publicada no Brasil pela Cruzada Pró-Infância, órgão com a<br />

finalidade de combater a mortalidade infantil e o analfabetismo e, promover a educação<br />

de crianças. Essa revista tinha como público-alvo as mães de classe alta que<br />

colaboravam com a Cruzada para cumprir seus objetivos entre as classes baixas.<br />

Moura constata que os textos da revista Infância se utilizaram de conhecimentos<br />

científicos nas áreas de saúde e educação para contribuir na condição de uma<br />

qualidade de vida melhor para as crianças, direcionando para uma conquista melhor no<br />

futuro do adulto. A autora conclui que a revista Infância, ao utilizar informações<br />

científicas para os leigos, foi uma publicação de vanguarda e que a psicologia e a<br />

educação tiveram grande espaço e reconhecimento.<br />

As produções acadêmicas de Santos C. (2004a) e Moura (2007),<br />

independentemente de não analisarem mídias impressas destinadas à especificidade<br />

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