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diferença: - educar sem dizer que está educando [...]. (SILVA, 06/06/40,<br />

p. 61)<br />

Silva enfatiza a diferença entre educar e instruir. Educar, de sentido mais<br />

abrangente, abarca a formação moral da criança enquanto a instrução recai<br />

prioritariamente à escola, com o objetivo de desenvolver conhecimentos exteriores à<br />

vida emocional da pessoa.<br />

[...] “educar” não é ainda “instruir”. Essa educação, através da<br />

solidariedade, da inteligência, da bondade, da disciplina mental, não<br />

depende da ”escola”, mas sim da família, seja ela pobre ou abastada. É<br />

preferível um analfabeto educado, a um homem instruído, mas<br />

trapaceiro, ou facínora. A “educação” no lar nada tem com a “instrução”.<br />

Esta pertence à “escola”. Aquela à família. A educação da família<br />

repousa na orientação dos instintos, na vigilância da criança em relação<br />

aos impulsos que chamamos “maus”. (SILVA, 18/04/40, p.13).<br />

Já temos repetido várias vezes que educar não é instruir. A instrução<br />

não pode apagar os vícios que ficaram sedimentados na alma infantil,<br />

através de uma defeituosa direção da vida em comum na família.<br />

(SILVA, 06/06/40, p. 51).<br />

O autor, a partir de sua discussão sobre o sonho infantil, traz generalização<br />

sobre educação. Deve-se atentar para os textos desse autor em que a educação se<br />

refere à educação dos pais, e particularmente, a da mãe. A citação abaixo é conclusão<br />

de um exemplo de despreparo de professores em um internato. Todavia, Silva destina<br />

suas informações às mães.<br />

Eis aí o ponto de contacto da análise infantil com a educação. A<br />

pedagogia moderna ainda “reprime”, ao invés de se identificar com a<br />

alma infantil. Educar não é “reprimir”. “recalcar”. É ensinar a se<br />

identificar com a vida. É sublinhar tendências. É preciso que o mestre<br />

saiba aliar-se, antes demais nada, às razões da infância, para depois ir<br />

corrigindo, insensivelmente, os defeitos existentes e os que forem<br />

surgindo. (SILVA, 11/04/40, p.66).<br />

As mães podiam conhecer muitos desejos e muitas tendências dos<br />

filhos, se quisessem dar-se ao trabalho de levar a sério os sonhos dos<br />

seus guris. Com um pouquinho de intuição e um pouquinho de leitura, a<br />

tarefa será fácil. (SILVA, 11/04/40, p.66).

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