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De Lamare, na edição de 19/10/40, apresenta a caxumba. Explica período de
incubação, sintomas, transmissão e tratamento.
Noções práticas de sífilis infantil;
Em 26/10/40, De Lamare orienta a mãe em relação à sífilis infantil. Inicia
explicando o fim de uma compreensão de doença considerada como ‘vergonhosa’.
Também orienta que a sífilis infantil só excepcionalmente é adquirida, e congênita a
partir do 5º mês de gravidez.
É preciso que sejam feitos exames pré-nupciais: “Modernamente, com o exame
e tratamento pré-nupcial, a que pessoas cultas e educadas espontaneamente se
submethem, e o tratamento durante a gravidez, tem diminuído notavelmente o número
de crianças postas ao mundo com syphilis.” (DE LAMARE, 26/10/40, p.04).
Apesar da descrição do autor de que a sífilis não representa mais motivo para se
envergonharem e da mulher mais moderna que cuida dos exames pré-nupciais, não
parece que tanta tranquilidade reine nas famílias onde se encontra uma criança
sifilítica. Veremos, a seguir, as recomendações de De Lamare que permitem intuir que a
família não se encontra em zona de conforto com o diagnóstico de sífilis em casa: “Não
fique zangada prezada leitora, e não permitta que seu marido também o fique, se o
medico suspeita e institue um tratamento anti-syphilitico para o seu querido filhinho...”.
(DE LAMARE, 26/10/40, p.04).
Outro ponto relevante a ser destacado nesse artigo, é a restrição ao uso de
medicação feita por leigos. É rara essa posição, uma vez que o especialista é o primeiro
a orientar a mãe no tipo e quantidade de medicação a ser utilizada pela criança. Nesse
artigo, De Lamare explica o tratamento e em seguida fala do abuso da auto receita por
leigos e que pode comprometer a criança: “O tratamento da syphilis é certo e efficiente,
como o iodo, mercúrio bysmuto até o arsênico”. [...] “A dosagem e escolha e
oportunidade da applicação só ao médico deve competir.” (DE LAMARE, 26/10/40,
p.04).
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