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JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

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se torna refém da mídia com suas estratégias e distanciamentos em relação ao<br />

universo infantil, levando-os ao consumo e à alienação. A mídia infantil também parece<br />

cumprir, de modo satisfatório, uma demanda ligada diretamente aos interesses da<br />

criança; refiro-me à sedução da programação ligada ao entretenimento. Ferreira, M. F.<br />

(2008) em outra pesquisa, agora se utilizando da mídia impressa e on-line reforça essa<br />

capacidade lúdica da mídia, além de denunciar que quem fala sobre criança e seus<br />

interesses são os produtores. Não há uma comunicação da criança para quem produz<br />

para ela. Em seu artigo “Recreio: uma análise comparativa de mídias infantis” analisou<br />

comparativamente o produto Recreio em uma edição impressa e outra on-line. Sua<br />

proposta foi a de verificar os conteúdos transmitidos em uma abordagem quantitativa e<br />

identificar as categorias de análise: informação, serviço, publicidade e entretenimento.<br />

Identificou que o caráter lúdico e de diversão prevalece no conteúdo da revista. A<br />

autora também estabeleceu como intenção de pesquisa a análise da construção e<br />

representação de conceitos e elementos inerentes, ou não, à infância no contexto da<br />

capa e da homepage da Recreio. Nesse sentido “as duas amostras revelam o padrão<br />

de infância pretendido e difundido pelos produtores da mídia infantil Recreio: uma<br />

criança independente, autônoma, vaidosa, mas que respeite os limites do cotidiano,<br />

uma vez que é um ser de relações naturais.” (FERREIRA, M. F., 2008, p.460-461).<br />

Verificou-se que ocorre ideologicamente que as crianças devem buscar divertimento,<br />

autonomia, liberdade, relacionar-se com o mundo exterior, para sentir prazer e ser feliz.<br />

A autora constata, ainda, que são os produtores midiáticos os protagonistas na<br />

produção dessas mídias estudadas deixando dúvidas se a criança é mesmo<br />

contemplada em sua totalidade independente da contribuição do produto Recreio em<br />

uma edição impressa ou a on-line. “Nessa perspectiva, há um distanciamento do que é<br />

essa infância na realidade, já que não verificamos uma intervenção infantil direta nas<br />

publicações.” (FERREIRA, M. F., 2008, p.461).<br />

Esses artigos revelam uma mídia endereçada ao público infantil e aos pré-<br />

adolescentes, sendo estes, representados por uma classe social média e alta. Trata-se<br />

de um público que têm acesso a suplementos de pais que são leitores e consumidores.<br />

O interesse reconhecido por Ferreira, M. F. (2007) de que as crianças têm desejo<br />

mais ampliado no consumo desse produto (mídia impressa – suplemento) não altera<br />

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