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JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

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proporcionando-lhe amplos movimentos, liberdade de ação, o que ele só poderá ter<br />

respirando e distraindo-se ao ar livre.” (RIOS, 16/02/1946, p.25).<br />

Com as diferentes oportunidades oferecidas à criança, como: brincar, andar à<br />

vontade, usar roupas leves, carinhos e mimos não excessivos, irão permitir a realização<br />

de um sono da criança como uma experiência tranquila. Rios, portanto relaciona as<br />

explorações próprias do desenvolvimento infantil durante o dia, sem que tenha sido<br />

constrangida pela mãe, como fator a contribuir para que ela durma sem problema. Já<br />

De Lamare, em 1940, relata o terror noturno, o sono perturbado relacionado a um<br />

comprometimento médico. E a este a mãe precisava recorrer. Rios apresenta um<br />

padrão muito novo sobre a criança. Vincula a ideia de ser mãe ao oportunizar ao filho:<br />

“uma vida feliz”; “amplos movimentos”; “liberdade de ação”; “brincar sob o céu aberto,<br />

ao contato da natureza”; não constrangê-la; permitir expansão da própria idade; não<br />

oferecer carinhos e mimos excessivos; dar o necessário e não o supérfluo.<br />

De fato, a mãe é apontada por ambos os autores na atenção em relação à<br />

criança. Mas a importância conjunta dos pais na vida do filho será abordada por Rios<br />

(23/02/46) em resposta a uma leitora-mãe que manifesta medos quanto a educação do<br />

filho de cinco anos em decorrência da separação do casal.<br />

Para Rios, a criança até os 5 anos fica marcada definitivamente com a<br />

convivência com os pais. Uma separação, como a registrada na carta, revela que a<br />

criança não consegue estabelecer laços com o pai ausente nesses anos.<br />

196<br />

O feitio moral de seu menino, moldado ao contacto das desatenções,<br />

das indelicadezas e das grosserias paternas amargurando as doçuras<br />

do lar, não mais admitirá a aproximação daquele que não soube cumprir<br />

com os seus deveres de homem, de esposo e de pai. (RIOS, 23/02/46,<br />

p.19).<br />

Surge, também, nesse artigo de Rios, o primeiro termo vinculado à psicologia,<br />

‘subconsciente’. A autora, explicando sobre a compreensão da criança em relação à<br />

separação dos pais, diz que: “Êle está em uma idade em que o subconciente fixa,<br />

indelevelmente, todos os fatos ocorridos sob suas vistas e ao contacto de suas<br />

observações infantis.” (RIOS, 23/02/46, p.19).

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