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estudos, como o trabalho realizado no Instituto de Pesquisas<br />

Educacionais do Rio de Janeiro. Chefe do Serviço de Higiene Mental do<br />

Departamento de Educação do Rio de Janeiro, fez observações até hoje<br />

atuais, cujas reflexões são similares às de autores com trabalhos<br />

publicados nas décadas de 80 e 90.<br />

Dr. Gastão Pereira da Silva, entre outros médicos se diziam na época<br />

psicanalista ou seguidor de Sigmund Freud. Essa postura é reveladora do que<br />

representou a saúde mental nas primeiras décadas do século XX. Esta ainda estava se<br />

consolidando e buscava nos autores europeus os subsídios teóricos para sua<br />

estruturação. Assim, ao mesmo tempo em que se voltava para doutrina Freudiana,<br />

também se filiavam a Liga Brasileira de Higiene Mental.<br />

Outros médicos que contribuíram para as revistas Fon Fon, Vamos Ler e A<br />

Cigarra teve destaque no contexto histórico de suas contribuições. Podemos destacar<br />

também o Dr. Rinaldo De Lamare, que escreveu para as revistas Fon Fon e A Cigarra.<br />

De Lamare foi presidente da Academia Nacional de Medicina e da Sociedade Brasileira<br />

de Pediatria. Esses e outros autores médicos perpassam em seus artigos nas referidas<br />

revistas os ideais acadêmicos, políticos e sociais desse período, marcado como já<br />

destacado anteriormente por forte influência dos ideais higienista e eugênicos.<br />

O eugenismo influenciou decisivamente os rumos tomados pelas<br />

práticas de higiene e educação sanitária até meados dos anos 40, do<br />

século passado. Para os higienista sociais, interessava a possibilidade<br />

apontada pelo eugenismo de utilização de todos os conhecimentos no<br />

sentido de melhorar física, mental e racialmente as futuras gerações<br />

brasileiras. (SILVA, 2003, p.143-144).<br />

Haverá sinais de mudanças na proximidade do ano de 1950, onde os médicos<br />

começam a descobrir a criança por além dos cuidados físicos e morais. Iremos<br />

constatar na segunda metade da década dos anos de 1940, a presença de médicos de<br />

língua inglesa escrevendo artigos para as revistas. Ribeiro (2003, p.93) apresenta um<br />

panorama nacional no período analisado das revistas (1940-1950) que permite<br />

compreender o momento político que passou o Brasil, e as mudanças na postura<br />

médica dos artigos escritos para as revistas:

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