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ainda, “o aconselhável é criar inteligentemente, prudentemente o clima propício para<br />

que a criança desabafe sem desgosto e compreenda e aceite as reflexões de sua mãe.”<br />

(RIOS, 10/11/1945, p.09).<br />

Costatamos que, por parte da especialista, há a necessidade de que a mãe<br />

esteja mais presente, também em relação à escolaridade do filho.<br />

Mas no artigo de 22/09/1945, Rios, ao reconhecer que a criança até os nove<br />

anos precisa ser mais orientada em casa pela mãe, estabelece também, como marco<br />

referencial a idade de nove anos, como a idade em que é possível testemunhar uma<br />

necessidade natural da criança de se vincular aos professores. Ao contrário do que em<br />

anos anteriores De Lamare aprovava as ‘palmadas’, Rios condena o bater na criança e<br />

prega a privação como forma de correção. Recomenda à leitora que diz bater no filho<br />

que consulte um médico para ela.<br />

No ‘Epistolário Materno’ de Rios, a mãe é aquela que cuida da criança, garante o<br />

seu sono e o ritmo de vida diário. Há ausência de artigos sobre amamentação e temas<br />

relativos ao bebê. A criança maior, em idade escolar, é o foco.<br />

Podemos também evidenciar que as dúvidas reais das leitoras estão focadas em<br />

outro ângulo; não é na amamentação, nem nos cuidados do bebê e outros aspectos do<br />

desenvolvimento da criança da primeira infância. Nesse contexto, é inevitável<br />

reconhecer que os artigos de De Lamare (1940-1943) não representa uma necessidade<br />

das leitoras mães, mas antes, uma necessidade da medicina e seus saberes de<br />

constituir um lugar na relação da mãe com o bebê.<br />

Rios revela um paradigma diferente da medicina, a Puericultura. Ela está atenta<br />

à presença da mãe na relação com a criança, e importando-se com o vínculo relacional<br />

como forma de garantir um caráter sadio no futuro da criança.<br />

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