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JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

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Deus tem mais tarde consequências imprevistas. Alimentam nevroses e provocam<br />

fobias.” (SILVA, 02/05/40, p.43).<br />

É preciso que os pais nessas condições de não comprometer os filhos com<br />

‘nevroses e fobias’ estabeleçam uma relação de sinceridade com os filhos: “De sorte<br />

que, quando procuram o “papai”, ou a “mamãe”, para indagarem sobre “isto ou aquilo”,<br />

o fazem com a alma aberta. Esperam sinceramente que se lhes expliquem essa<br />

“qualquer coisa”, com a máxima franqueza e também com a máxima sinceridade.”<br />

(SILVA, 08/08/40, p.57).<br />

Um aspecto ainda não mencionado sobre a estrutura dinâmica da família refere-<br />

se ao conjunto dos artigos de Silva considerado modelo de família, a família nuclear<br />

composta de pai, mãe e filho (s). Todavia, parece estar subjacente a essa divisão<br />

estrutural a figura da nutriz. Este personagem não surge de modo tão evidente como se<br />

faz presente e compunha com a mãe o mesmo grau de importância ou de costume nos<br />

cuidados com a criança. Poderíamos compreender que o autor, ao falar da mãe, aquela<br />

que cuida, alimenta, higieniza, educa, pune etc., não seria o mesmo que falar de nutriz?<br />

Não é possível estabelecer o alcance da intervenção das nutrizes, mas é de se supor<br />

que, pelo menos durante o período de amamentação, elas sejam a principal referência,<br />

dividindo em status de importância esse lugar com a mãe: “Já, então, a criança começa<br />

a conhecer as pessoas de casa, ou as que dela mais se aproxima. Já faz “manha”<br />

porque a acostumaram a andar sempre com ela no colo. Por isso, não se conforma se<br />

um dia as mães ou as nutrizes, a esquecem no berço." (SILVA, 30/05/40, p.36).<br />

SER MÃE<br />

Na Revista Vamos Ler no ano de 1940, prevaleceu uma seção específica<br />

destinada às mães intitulada “Uma página para as mães”, escrita durante todo o ano<br />

por Silva.<br />

Para esse autor, a mãe retratada em seus artigos é alfabetizada. Ao<br />

considerarmos a orientação dirigida às mães com base nos trabalhos de Ana Freud, o<br />

autor afirma que: ”As mães podiam conhecer muitos desejos e muitas tendências dos<br />

filhos, se quisessem dar-se ao trabalho de levar a sério os sonhos dos seus guris. Com<br />

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