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Fechado’ para produção literária, de autoria das próprias leitoras e assinantes da<br />

revista, que transitaram sobre trocas de sonetos, amor, solidão, felicidade e o papel da<br />

mulher na sociedade. Desse modo, a autora, como em seu artigo anterior, conclui que<br />

nesse comportamento assumido pelas leitoras dessa revista havia mais de 20% de<br />

brasileiras alfabetizadas entre 1889 e 1920, e que essa não é uma afirmação isolada, a<br />

autora constata a presença de outras pesquisas semelhantes em outras mídias.<br />

Ferreira J. (2008), em seu artigo “Espelho das mães: a representação feminina<br />

na publicidade destinada à infância nas páginas da revista O Cruzeiro: 1930-1960”<br />

analisou a representação da mulher-mãe produzida pelas propagandas de produtos<br />

voltados à infância, divulgadas na revista O Cruzeiro, entre os anos de 1930 a 1960. A<br />

autora analisa as imagens das propagandas e explica que os textos falam do<br />

comportamento e das posições relativas à saúde, nutrição e higiene da criança. A<br />

pesquisa revela que as propagandas estiveram direcionadas às mulheres e que, a partir<br />

da década de 30, pelas transformações sociais que o país vivenciava em relação à<br />

proteção a infância pelo Estado, filantropos e médicos, as propagandas se tornaram<br />

foco de interesse. Esse interesse se justifica no entendimento de que o mercado<br />

industrial brasileiro, nessa década, passa a atribuir a criança como consumidora. É uma<br />

época em que a sociedade e o Estado também destinam suas atenções, de forma<br />

eminente, à criança, vinculando aos cuidados maternos infantis, sobretudo na década<br />

de 50. A autora encontra também como resultado de sua pesquisa, que as<br />

propagandas destinadas às mães, relativas aos cuidados infantis, tinham como<br />

protagonista o médico, considerado o representante máximo a ser seguido por elas em<br />

sua conduta materna. A influência da puericultura teve papel relevante nesse contexto.<br />

O artigo revela, ainda, que as propagandas contribuíram para construir um ideal de<br />

mãe, mas, sobretudo, inverte o papel de mãe com a criança. Esse referencial de troca<br />

de lugar revelou que a atenção às mães esteve contemplada de modo menos enfático,<br />

como a atenção dirigida pela mídia prioritariamente voltada para a criança.<br />

Almeida N. (s/d) em seu artigo “Revistas Femininas e Educação da Mulher;o<br />

Jornal das Moças“ escolheu como objeto de análise o periódico Jornal das Moças (1914<br />

– 1965). Teve como recorte para este trabalho a manifestação do gênero conselho, do<br />

exemplar de 21 de janeiro de 1937. Utilizando-se do conceito de civilidade em Elias, a<br />

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