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JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

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(coisa nem sempre fácil...), que regula os primeiros hábitos, os primeiros<br />

laços com a vida social. (SILVA, 18/04/40, p.12).<br />

Nada melhor, portanto que, desde os primeiros passos infantis, as mães<br />

ensinem aos filhos o verdadeiro sentido das palavras, não deixando a<br />

criança em completa ignorância a esse respeito. (SILVA, 14/03/40, p.<br />

29).<br />

Silva utilizou o que era, nesse momento, a nova psicologia/psicanálise, para<br />

explicar os desvios dos filhos. Estes são frutos da educação da criança, e quem tinha a<br />

determinação e atribuição de educar o filho é a mãe. Educar não é tarefa do pai, é da<br />

mãe. O homem tem reconhecidamente seu espaço reconhecido extra-muro do lar, na<br />

sociedade: Não. O que existe, em verdade, é o menino mal educado. É o menino “mal<br />

educado” é, em regra, um menino “mal vigiado”. Na família dá-se o mesmo que a<br />

sociedade. Se não há direção, surge a anarquia. No lar, essa direção é da mulher. Na<br />

sociedade, do homem. (SILVA, 18/04/40, p.12).<br />

O autor apresenta uma oposição às explicações dos desvios dos filhos,<br />

considerada pela psicologia tradicional como fruto da hereditariedade.<br />

Se existem filho, haverá sempre caracteres instintivos diferentes, mas é<br />

por meio da compreensão dos instintos que as crianças devem ser<br />

educadas. (SILVA, 18/04/40, p.13).<br />

O trabalho do educador, da mãe, principalmente, é evitar que os seus<br />

filhos colham certas e determinadas impressões, capazes de lhes<br />

arranhar a sensibilidade, de machucar a sua alma em formação. (SILVA.<br />

28/03/40, p. 29).<br />

A atenção atribuída à educação pelas mães em relação aos filhos reflete o<br />

interesse do autor em esclarecer o papel do adulto na constituição da personalidade do<br />

futuro adulto sob os cuidados da educadora mãe. Esta não pode comprometer sua<br />

responsabilidade primeira de cuidar e educar os filhos, envolvendo sua prole com seus<br />

problemas e suas carências:<br />

Destarte, devem as mães reconhecerem que têm tais ou quais defeitos<br />

e que estes não podem ou pelo menos não devem passar aos filho,<br />

através dos caprichos de uma educação avessa e errônea. (SILVA,<br />

23/05/40, p. 58).

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