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as narinas devem ser inspecionadas diariamente pela mamãe. (S/A,<br />

Novembro, 1949, p.123).<br />

No artigo de outubro de 1948, constatamos que esse tema de higiene da criança<br />

já fazia parte do interesse dos especialistas. Particularmente, o autor desse artigo, ao<br />

se referir sobre à higiene e à criança, está dirigindo a atenção em relação ao menino.<br />

Este representa um desafio para a família quando se pensa habilitá-lo na prática<br />

rotineira de asseio. Como método, propõe que “não associe a ideia do banho a uma<br />

questão de disciplina severa. Ao contrário, convém que o imagine como um prazer e um<br />

hábito como outro qualquer”. (S/A, Outubro, 1948, p. 124).<br />

O autor segue propondo normas de conduta para o menino, em como se sentir<br />

um homenzinho. Para tanto, deverá “limpar o banheiro depois de usá-lo”; pendurar as<br />

roupas; manter a casa arrumada guardando os brinquedos; tratar das unhas e estar<br />

asseado e penteado e “envergando a melhor camisinha branca” na presença de uma<br />

visita.<br />

A criança precisa ser limpa e asseada. Há a tolerância de permitir que ela possa<br />

se sujar, todavia deve ser capaz de cuidar de seu asseio pessoal.<br />

Esta claro que não se deve roubar da criança o sagrado direito de, lá<br />

uma vez ou outra, voltar para casa bem sujo de barro, com o cabelo<br />

emaranhado e as mãos imundas. O importante é que ele entenda que<br />

ninguém deve ficar assim muito tempo, tomando logo o seu banho e<br />

transformando-se novamente na “lady” ou “gentleman” mirim que a<br />

família espera que ela ou ele seja. (S/A, Novembro, 1949, p.123).<br />

Em outubro de 1949, no artigo “Um bocado homem” (S/A), a ênfase ao menino<br />

ressurge. Dessa vez, o artigo retrata a euforia e alegria do pai em ver o nascimento de<br />

um filho homem: “Olhava com desprezo e pena para as meninas do berçário. O dele<br />

era HOMEM, graças a Deus.” (S/A, Outubro, 1949, p.122).<br />

Esse é o primeiro artigo em que o especialista se endereça ao pai. Esse<br />

destaque não se refere somente a essa revista A Cigarra, como também em relação às<br />

outras revistas analisadas.<br />

A ideia do filho homem revela que o gênero masculino representa o interesse<br />

dos especialistas ao escrever para as diferentes revistas. Ao referir-se à criança, estão,

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