JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

É importante destacar que esses são os autores que mantiveram regularidade
em suas publicações em um espaço (seção) que, para a maioria deles, ficavam
vinculados o seu nome. Contudo, outros autores e autoras identificados e não
identificados com um nome, brasileiros e estrangeiros, contribuíram em algumas dessas
seções.
OS ESPECIALISTAS
Relevante destacar pelo número de artigos produzidos (noventa e dois), e pelo
tempo de presença na mídia escrita (Fon Fon entre os anos de 1940 a 1943 e na
revista A Cigarra no ano de 1947), De Lamare, médico muito popular ainda nos dias de
hoje por sua obra editada pela primeira vez em 1941, intitulada “A Vida do Bebê”.
Não menos importante, mas com um volume menor de produção de trinta e seis
artigos publicados em um ano, encontramos Silva que escreveu para a revista Vamos
Ler no ano de 1940. Esses são os campeões de artigos produzidos pela mídia escrita
para o público feminino.
Eles representam os dois lados de uma mesma ‘moeda’. A ‘moeda’ é a mulher-
mãe e seu filho. Um lado compreende esse contexto em uma explicação de fundo e
interpretação biológica; de outro está a explicação psicológica. O primeiro tem como
representante o De Lamare, e de outro, o Silva.
Essa oposição entre um e outro modo de conceber a mulher e a criança não terá
pesos iguais ao longo dos anos que compreendem 1940 a 1950. A medicina tradicional
prevalecerá em seus mandamentos fundados, sobretudo na puericultura e na higiene. A
grande massa de autores é constituída de médicos e deles partiram todo o tom nesses
anos pesquisados. Seu principal representante e protagonista é, sem dúvida, o De
Lamare.
Os médicos, de um modo geral, se propõem a aconselhar, prescrever, orientar e
clinicar para esse público-leitor constituído pelas mulheres-mães. Mães de bebês, esse
será o alvo da laboriosa dedicação desses especialistas.
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