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JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

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pura, uma tábula rasa e modelável nas mãos do adulto, sobretudo a criança até os<br />

cinco anos de idade. Com esse conceito, a criança é percebida desprotegida, e sujeita<br />

à influência do meio.<br />

O autor manterá a compreensão do mundo da criança distanciado das<br />

aquisições formais do pensamento. Quanto mais distante as aquisições cognitivas, mais<br />

tempo de inserção na vivência pueril. Estimula não forçar o pensamento da criança<br />

para não comprometê-la no futuro. E o que reserva seu futuro? – O mundo adulto.<br />

Silva (Vamos Ler), tal qual Postman (1999), discorria sobre a mídia televisiva que<br />

revelaria com sua forma de comunicação os segredos do mundo dos adultos,<br />

comprometendo o fim da infância. Compartilha a ideia de que investir no distanciamento<br />

do mundo adulto do da criança (controle das leituras das crianças, à influência dos<br />

personagens dos filmes de cinema), representará como estratégia de garantir a<br />

preservação da sensibilidade infantil e o incompreensível universo do adulto. Silva<br />

(Vamos Ler) procurou incutir ferramentas reguladoras do desenvolvimento da criança<br />

de modo a não permitir que se fundissem os dois mundos (criança – adulto).<br />

O meio ideal para vivência da criança será o contexto familiar; contudo, esse<br />

meio para o autor desconhece a profundidade da natureza infantil, tratando a criança<br />

como se fosse um adulto em miniatura. Será preciso que o especialista descreva para<br />

os pais, particularmente para as mães, a especificidade do mundo infantil. Silva explora<br />

de modo claro a ambivalência entre esses dois mundos e apresenta como marca na<br />

dissociação entre eles, o necessário distanciamento físico entre a mãe e a criança. A<br />

grande preocupação seria os excessos de carinhos que poderiam remeter a fixações no<br />

futuro adulto. Sem o contato físico a criança pode existir. A coexistência entre o mundo<br />

do adulto e o da criança torna-se necessário garantir o distanciamento entre eles;<br />

precisa permanecer a compreensão de que a criança não possui um cérebro e<br />

comportamento como o adulto; necessita preconizar o distanciamento da família quanto<br />

à possibilidade de ver a criança como um adulto de pequenas proporções.<br />

Outro modo de demarcação do mundo infantil é a compreensão de que a criança<br />

tem brinquedos e deve brincar. Diante dos brinquedos e brincadeiras elencados por<br />

Silva, é possível compreender que o mundo da criança estaria preservado da<br />

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