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JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

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‘pessoas grandes’; a casa precisa ser ‘um ambiente sadio e cheio de carinho’ com<br />

crianças meigas; evitar briga dos pais com gritos do pai e choro da mãe; evitar a quebra<br />

de autoridade (o pai ou a mãe não acolhe a decisão de repreensão do filho). “Para um<br />

perfeito entendimento entre os pais e os filhos, é mais do que nunca necessário, que os<br />

pais também se entendam entre si.” (CONNOLLY, 26/02/49, p.08).<br />

Começa, agora, multiplicar uma atenção maior para a qualidade da relação do<br />

casal com o filho. Há um reforço de que os pais sejam importantes na formação do filho.<br />

O pai é citado e lembrado. Não há mais a ideia da onipresença da mãe; todavia, parece<br />

ainda repousar sobre ela os cuidados com o filho. Ela, sozinha, não é mais a<br />

responsável por todos os danos ao filho. Isso é algo novo que começa a nascer.<br />

Há uma clara preocupação em não criar ‘complexos infantis’, marcados por<br />

punições, comparações, ambiente familiar conturbado, cuidados diferentes de acordo<br />

com cada faixa etária.<br />

Na ampliação dessa preocupação de não comprometer a criança em função de<br />

sua faixa etária, encontramos no artigo de Aronstam, em 20/08/1949, a exploração do<br />

tema de como nasce o bebê. Uma novidade, abordar a Educação Sexual na primeira<br />

infância e considerar a importância de não distorcer a realidade dos interesses e<br />

questionamentos da criança.<br />

O artigo destaca a necessária educação sexual pelos pais aos filhos ainda na<br />

infância. Explicita que as dificuldades dos pais em abordar o tema pelos pontos de vista<br />

antigos (“a despeito de uma idade avançada”), precisam ser superadas. Enfatiza que “O<br />

modo com que os pais explicam aos filhos é que é importante, não as palavras”. Toda<br />

preocupação reside no fato de que a criança não pode ter uma distorção em relação ao<br />

corpo e nem considerá-lo ‘feio’; sob pena de perda de confiança nos pais, no futuro, ao<br />

compreender a realidade. A autora reforça por mais de uma vez que essas são<br />

orientações compartilhadas por psiquiatras e padres. Falar a verdade sempre.<br />

Um aspecto importante refere-se ao fato de que a mãe é quem “incute” os<br />

sentimentos e os valores nos filhos. Nesse artigo, um aspecto novo no modo de falar<br />

aos filhos surge; a autora refere-se ao filho e à filha: “A ausência de perguntas pode ser<br />

devida a um sentimento de culpa incutido pela atitude materna em relação às<br />

curiosidades sexuais infantis de seu filho ou filha”.<br />

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