JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

O autor, à luz do ‘estudo da alma infantil’, traz pela primeira vez a palavra
Psicologia. É necessário que os pais aprendam um pouco da Psicologia Infantil. E ele, o
médico, é quem vai ensinar: “É necessário que os pais aprendam como educar os filhos
e para isto estamos aqui.”.
Nesse artigo, enfatiza não tratar a criança como gente grande. Criança, para ele,
precisa ser tratada diferente; os pais devem “compreender que os filhos não são
‘homenzinhos’, isto é, pequenos homens, homens em tamanho menor. Não!“.
Outro aspecto relevante e novo diz respeito à gestação e à relação entre marido
e esposa. Na gestação, há a interferência no psiquismo infantil. A mãe não deve
aproveitar-se da gestação para ‘exigir absurdos’. Precisa também ser instruída em seus
deveres e obrigações. O marido (refere-se ao pai),
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O pai deve compreender que a situação é delicada, e que sua esposa
naquele período é um caso especial e deve ser tratada de modo
diferente, carinhoso. È nele e em ninguém mais, e ouso mesmo dizer,
nem a própria mãe, que deverá a gestante se acolher. Ela vive com o
marido e não com a mãe, e é nos braços protetores e compreensivos do
companheiro que deverá se acomodar. (GUDEL, 18/11/50, p.42).
Chama atenção nessa dedicada intenção de aproximação do casal, durante a
gestação, o fato de que o marido só é responsável para esse apoio ‘psicológico’, ele
não compreende e não é sua atribuição cuidar e compreender a dimensão biológica da
mulher – de sua esposa. Essa dimensão cabe à sogra informada, e precisa ser bem
informada, além, obviamente, do médico. Vejamos como o autor retrata essa
compreensão: “Isto quanto à parte psíquica e certos incômodos físicos. Outros,
naturalmente, de ordem genital e de curiosidade quanto a seu estado é o médico ou a
mãe ‘Bem informada’ que poderá aconselhar. Note-se: ‘mãe bem informada’, senão
será pior.” (GUDEL, 18/11/50, p.42).