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adolescência, sim, é que é normal uma novo fase de timidez. (S/A, Abril,<br />

1950, p.119).<br />

É importante destacar que é a primeira vez que há uma referência direta à<br />

adolescência como uma fase do desenvolvimento.<br />

SER MÃE<br />

A mulher tem como missão nessa década dos anos de 1940 a 1950 casar e ser<br />

mãe. O filho é a consequência biológica e sagrada do casamento (DE LAMARE,<br />

Janeiro, 1947). Caberá a ela cuidar e zelar de tudo que venha compor o universo da<br />

criança na família. Dentre este vasto universo estão os problemas comezinhos. Em<br />

artigo de junho de 1950, com o título “Os eternos pequenos problemas”, ser mãe<br />

historicamente é carregar ou conviver com pequenos problemas em relação ao filho.<br />

Essa condição de mãe seria imutável:<br />

Imagino que já na Idade da Pedra as mães tinham com os filhos<br />

problemas parecidos com os nossos. Eles parecem <br />

quando se trata dos filhos dos outros, eles crescem de importância<br />

quando se desenvolvem dentro de nossa casa. O filho do vizinho chupa<br />

o dedo é absolutamente sem importância, mas o nosso guri tem que<br />

aprender a não fazê-lo. A mulher de Noé deve ter tido aborrecimentos<br />

horríveis para e ensinar às crianças que não se deve puxar o rabo do<br />

gato, nem apertar o patinho novo, nem arrancar pena do pavão. De Noé<br />

para cá não se progrediu grande coisa nesse terreno. Os problemas são<br />

eternos, parece. De qualquer modo há a obrigação de um esforço<br />

honesto no sentido de resolvê-los ou, pelo menos, atenuá-los. Aqui<br />

estamos, prontos para auxiliar a quem precise. (S/A, Junho, 1950,<br />

p.118).<br />

Vemos que apesar de toda a responsabilidade sobre o filho na família, recair<br />

sobre a mãe, ela pode precisar de apoio nessa missão. E é o especialista que escreve<br />

na revista, quem carrega a possibilidade de contribuir para uma função materna mais<br />

adequada.<br />

Esta preocupação tende a ter contornos mais sérios quando vemos denunciado<br />

na edição de fevereiro de 1947, pelo Neto, diretor do serviço de Assistência ao Menor,<br />

180 garotos pegos perambulando pelas ruas e que deste total apenas 14 estavam<br />

realmente em estado de abandono.

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