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assimilado ao amor e visto como meio, ora tido como fonte de satisfação momentânea,<br />

mas que não conduz à felicidade plena.” (GALINDO, 2009, p.17).<br />

A autora ainda constata que na revista Nova Cosmopolitan, ao se falar de sexo,<br />

está se falando de amor. Ela conclui que o sexo está no coração.<br />

Swain (2001), em seu artigo “Feminismo e recortes do tempo presente: mulheres<br />

em revistas femininas”, verificou como as representações de gênero constroem os<br />

corpos sexuados e as práticas femininas são assim homogeneizadas. Utilizou, além da<br />

revista Nova (junho, 1999), mais três outras revistas: Marie Claire (maio, 1999), revistas<br />

brasileiras, Elle-Québec (janvier, 1999) e La Chatelaîne (décembre, 1998) da província<br />

francesa do Québec-Canadá. “O público-alvo é a mulher de classe média, jovem, com<br />

um certo nível de instrução e renda, cujas preocupações e interesses são presumidos<br />

nos apelos publicitários e nos temas desenvolvidos”. (SWAIN, 2001, p.05). A autora<br />

revela que as revistas representam um lócus especial de análise, permitindo<br />

compreender a representação do feminino. O corpo revelado é o corpo feminino útil e<br />

dócil dentro das normas heterossexuais; e que se sujeita à norma.<br />

Petry e Oliveira e Silva (2004) também se utilizam da revista Nova em sua<br />

pesquisa, aliada também à revista Cláudia e Capricho. Em seu artigo “Os Arquétipos<br />

nas Propagandas de Revistas Femininas”, apresentam uma análise dos arquétipos<br />

encontrados na publicidade feminina nessas revistas, a partir dos anos 60 até os dias<br />

atuais, tendo como objetos analíticos as imagens arquetípicas da Grande Mãe,<br />

Donzela/Prostituta e Guerreira. As autoras encontraram os seguintes perfis:<br />

ARQUÉTIPO DA GRANDE MÃE: anos 60 – era a própria Grande Mãe; anos 70 –<br />

encerra a supervalorização desse arquétipo; anos 80 – “trouxe a imagem da Grande<br />

Mãe que trabalha fora e tem pouco tempo para cuidar dos assuntos do lar, mas nem<br />

por isso deixa de fazer o melhor por ele” (PETRY e OLIVEIRA e SILVA, 2004, p.5);<br />

anos 90 – consolidações das conquistas femininas, a mulher parte para a divisão das<br />

responsabilidades. DONZELA E A PROSTITUTA: Meados século XX, a mulher vivia a<br />

mulher elegante e recatada; ser mãe era a grande conquista; anos 70 – arquétipo da<br />

Tentadora ou Prostituta assume o corpo como forma de sedução; anos 80 –<br />

exibicionismo do corpo e abordagem sexual; anos 90 – proprietária da sexualidade,<br />

provocadora da libido masculina, vive uma eterna conquista da beleza; “O arquétipo da<br />

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