JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

lançamentos mais recentes. Considera também que o acesso a estas capas é
democrático dados as características do próprio meio de exposição nas bancas, além
de serem legitimadoras das mudanças de atualizações em relação às mulheres. “As
capas, faces de moedas de consumo, propõem imagens fragmentadas de corpos e
comportamentos.” (FLAUSINO, 2003, p.16).
Gomes (2006) constituiu o artigo “Saúde e Estética em Revistas dirigidas ao
Público Feminino Aspectos Textuais e Discursivos” a partir do recorte da pesquisa
“Saúde, Gênero e Revistas - Um Estudo sobre a Abordagem do Tema Saúde/Estética
em Matérias Dirigidas ao Público Feminino”. A autora tem como objetivo apresentar as
estratégias utilizadas pelas revistas Boa Forma, Corpo a Corpo e Plástica e Beleza, nas
edições de outubro, novembro e dezembro de 2004, procurando verificar o que
determina o consumo de produtos e serviços. A autora verificou que as revistas por trás
da nomenclatura científica, tendo a ciência como aliada na busca de um ideal estético,
amplia o poder de consumo de suas leitoras. Essas revistas utilizam diversificadas
estratégias como o “uso de um léxico próprio da área de saúde; a interdiscursividade; o
recurso à autoridade; a utilização de verbos no imperativo; e o uso de metáforas” para a
valoração dos produtos e serviços veiculados.
Como vimos, Neckel (2007), Braga (2005), Dias (2003), Swain (2001) e Klein e
Ramos (s/d), em artigos que exploram diferentes temáticas, utilizam diversificadas
revistas destinadas ao público feminino (Boa Forma, Corpo a Corpo Símbolo, Dieta Já!
Símbolo, Estilo & Cabelos R. G. Santoro, Manequim, Marie Clarie, Nova Abril, Nova
Beleza Abril, Plástica & Beleza United Magazines e Raça Brasil Símbolo, Nova, Marie
Claire, AnaMaria, Elle-Québec e La Chatelaîne), que permitiram compreender a
sexualidade da mulher. A idealização de corpo e sua representação feminina revelam
por um lado a mulher retratada como útil, dócil, adequada e ajustada ao casamento em
seus aspectos sexuais para manutenção da família; por outro lado, o rompimento de
normas e hierarquias que a subjugam ao homem. A imagem retratada é prioritariamente
da mulher branca e magra. As demais temáticas exploradas para as mulheres não
fazem distinção entre elas e também as diferenças de poder aquisitivo.
Um artigo, que amplia a compreensão deste rompimento com a estagnação da
mulher frente ao homem, discutindo a imprensa feminista e periódicos feministas a
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