23.04.2013 Views

JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

sujeitos políticos ativos, que criam redes de apoio de ligações e troca de opiniões. “[...]<br />

aponta para a multiplicidade das formas de existência, implodindo a imagem de um<br />

feminino único, representação da “verdadeira mulher”, do “natural”” (Ávila, 2007, p.127).<br />

Já Nogueira (2008), a partir de sua dissertação A construção do corpo feminino<br />

na revista O Cruzeiro analisa quais formas da construção do corpo feminino eram<br />

valorizadas a partir das conotações sociais, figurações, temáticas e linguagens<br />

incorporadas à feminilidade nas capas da revista O Cruzeiro no período de 1928 a<br />

1940. Investigando a pluralidade de formas, cores, usos e gostos vinculados à imagem<br />

da mulher, descobre que “os corpos apresentam a mulher mesclada com a moda<br />

européia, com o cinema norte-americano, com a urbanização brasileira da época e com<br />

as intenções de vida moderna construídas pela revista O Cruzeiro” (NOGUEIRA, 2008,<br />

p. 132).<br />

Ursini (2000), através de sua dissertação A revista O Cruzeiro na virada da<br />

década de 1930, analisando a mesma revista O Cruzeiro na virada da década de 1930<br />

a partir de uma seção de cartas de correspondência de duas mulheres; uma vivendo no<br />

Rio de Janeiro e a outra em Minas Gerais. Revela-se um desenho do interior do Brasil a<br />

partir da capital do país, Rio de Janeiro. A autora se propõe a verificar nesses espaços<br />

os estilos de vida, os valores e os sentimentos classificados como modernos e como<br />

ultrapassados revelando a tradição, a modernidade e o gosto.<br />

Bassanezi (1992), com a dissertação Virando as páginas, revendo as mulheres:<br />

relações homem-mulher e revistas femininas (1945-1964) alcançando décadas<br />

posteriores (1945 a 1964), aos estudos anteriores elencados; utilizou não só a revista O<br />

Cruzeiro, como também as revistas Jornal das Moças, Cláudia e Querida. Retrata as<br />

normas de comportamento e as ideias dominantes sobre a natureza dos sexos, a moral<br />

sexual, o namoro, o casamento, a juventude, a participação feminina no mercado de<br />

trabalho, os papéis atribuídos a homens e mulheres na sociedade, a família. Atenta aos<br />

estereótipos como “a boa mãe”, “a boa esposa”, “a rainha do lar”, “a moça de família”,<br />

“o bom partido”, “a leviana”, “a outra”. A autora percebe as revistas como espaços de<br />

reprodução e reforço das relações de gênero dominantes e como, também local de<br />

construção dessas relações e que se comunica com o seu tempo.<br />

70

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!