JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

A constatação de que mulheres escrevem para mulheres prioritariamente nas
diversificadas produções acadêmicas nesta tese, poderá, entre outros pontos de vista,
ser compreendido, no esgotamento do modelo histórico em que desde menina, a
mulher era conduzida à autopercepção por uma externo-percepção de si pelo olhar e
fala do outro, homem, pai, marido e poder eclesiástico.
O que constato nas revisões acadêmicas relacionadas à mídia impressa feminina
que foram escritas por mulheres é a possibilidade de estar sendo caracterizado um
feminismo acadêmico.
Teles (1999, p.11), militante feminista, aguça essa discussão:
Ao abordar o desenvolvimento da condição da mulher na sociedade
brasileira através dos tempos, sua vida, seus anseios, sua maneira de
pensar e participar dos acontecimentos culturais e políticos, na família
ou no trabalho, verificamos a necessidade de reconstruir a história do
Brasil. Começaríamos por uma apreciação crítica da visão estabelecida
pelos nossos historiadores e observadores políticos, que se omitem
quanto ao tema. E o pouco que se fala da mulher brasileira não foge ao
princípio universal denunciado por Simone de Beauvoir em 1949: “Toda
a história das mulheres foi escrita pelos homens”. E, portanto, podemos
acrescentar: está sob suspeição.
As análises dos recortes das revistas utilizadas nos artigos científicos estão
relacionadas à mulher, à sua sexualidade e ao seu lugar na sociedade.
4.1 LEVANTAMENTOS DOS ARTIGOS
A revista Nova foi tema de interesse de vários pesquisadores. Miranda (2006), em seu
artigo “Mídia e Identidade: A Construção do Discurso Amoroso em Revistas Femininas.”
verificou a construção da identidade amorosa da mulher a partir da revista Nova
Cosmopolitan.
Revista Nova faz parte de uma rede mundial de revistas denominada
Cosmopolitan, presente em vários países do ocidente e Japão. Com
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