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JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

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O perfil dos artigos que representam na maioria das vezes respostas de Rios às<br />

leitoras alcança uma distância abissal em relação às temáticas de De Lamare<br />

vinculadas ao bebê e à amamentação. Ela adentra à dimensão mais psicológica e<br />

moral da relação da criança com a mãe. Também verificamos que as idades das<br />

crianças mencionadas são as que correspondem ao período escolar.<br />

Encontramos na carta-resposta de 01/09/1945 proposta de Rios de que a mãe em<br />

relação à educação do filho de sete anos não deve ser entregue à professora. Ela<br />

(professora), “nem sempre é mãe e não pode, por isso, substituí-la nesse mister, minha<br />

amiga. Justamente nessa idade de transição física e psíquica é que seu filho mais<br />

precise de seus desvelos maternos”. (RIOS, 01/09/1945, p.33).<br />

Recomenda ainda que “seja, portanto, minha amiga, a própria sombra de seu<br />

filhinho, nessa vigilância constate, zelosa, pois os hábitos adquiridos em tal idade são<br />

os que influenciarão ou guiarão o mesmo, na sua adolescência e juventude, e mesmo<br />

na vida adulta.” (RIOS, 01/09/1945, p.33).<br />

O reforço a essa orientação ressurge no artigo de 03/11/1945, em que a criança,<br />

em idade escolar, a partir dos sete anos, a “dedicação se impõe para que ele cresça a<br />

salvo de qualquer vício que poderia deformar o caráter” (RIOS, 03/11/1945, p.10).<br />

Rios, nesse artigo, é incisiva em solicitar que as mães não permitam que os<br />

filhos fiquem entregues a si mesmos ou com a empregada. Enfatiza a importância de<br />

não se descuidar também da higiene do filho:<br />

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Os cuidados maternos, sob esse aspecto, terão que prolongar-se até<br />

mais tarde, porque são indispensáveis. A fiscalização materna deve ser<br />

rigorosa e contínua. A criança não tem vontade, não sabe o que quer.<br />

Tem a indecisão da idade. Desse modo, a vigilância dos pais,<br />

notadamente da mãe, é absolutamente necessária em todas as fases do<br />

desenvolvimento infantil. (RIOS, 03/11/1945, p.10).<br />

Verificamos que a mãe mantém o referencial em relação aos cuidados com a<br />

criança, tal qual a ênfase estabelecida por De Lamare em relação à criança pequena e<br />

às ‘amas-secas’. Testemunhamos que por parte da especialista há a necessidade de<br />

que a mãe esteja mais presente, também em relação à escolaridade do filho.<br />

Mas no artigo de 22/09/1945, Rios, ao reconhecer que a criança até os nove<br />

anos precisa ser mais orientada em casa pela mãe, estabelece também, como marco

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