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na ilustração e na fotografia, que permitiam melhor retratar a estética<br />

das estrelas do nascente império hollywoodiano - os closes dos filmes e<br />

nas capas de revistas divulgavam as maravilhas possibilitadas pela<br />

cosmética. (ROCHA, 2007, p.43).<br />

As revistas representaram um espaço privilegiado de ver em certa medida,<br />

essas transformações. As revistas representam esse contexto social vivenciado pelas<br />

mulheres. “Jornais e revistas femininos funcionam como termômetro dos costumes de<br />

época. Cada novidade é imediatamente incorporada, desenvolvida e disseminada. A<br />

movimentação social mais significativa também vai sendo registrada”. (BUITONI, 1990,<br />

p.24).<br />

Não se deve considerar de modo linear o que é propagado nas revistas como<br />

alterações diretas no comportamento de quem as lê; todavia, as revistas representam<br />

uma forma de determinar modos de ser, ao difundir e estimularem ideais a serem<br />

copiados. Elas expressam o contexto histórico em que a sociedade está inserida, bem<br />

como as provocações normatizadoras para o comportamento. Bassanezi (1992)<br />

percebe as revistas femininas como espaços de reprodução e reforço das relações de<br />

gênero dominantes que dialogam com o seu tempo.<br />

Na virada do século XX, as publicações para as mulheres atingiram o<br />

status de produtos de massa e algumas veicularam uma nova faceta, de<br />

caráter feminista, em sintonia com o vigente movimento pelo voto<br />

feminino. Mas o que predominou na virada para o século XX foram<br />

revistas polarizadas entre a moda e a literatura – ambas incentivadoras<br />

do sonho e da fantasia -, sem qualquer tipo de engajamento a não ser<br />

às convenções de como a mulher deveria ser. (ROCHA, 2007, p.41).<br />

Já Santos, D. (2006) considera que a mulher restringia-se aos papéis sociais de<br />

dona-de-casa, esposa e mãe na imprensa feminina entre o século XIX até mais da<br />

metade do século XX. Nascimento e Oliveira (2007) detectaram esforços de<br />

rompimento dessa circunscrição da mulher no âmbito da esfera do lar em semanário do<br />

fim do século XIX, “O Sexo Feminino”. Os autores constataram que:<br />

Para além da afirmação de um novo perfil no interior da família, suas<br />

reivindicações foram se complexificando em sua progressiva inserção<br />

pública, transformando-se em luta política pela conquista de sua<br />

cidadania, transpondo o espaço da casa, pleiteando outros, como as<br />

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