JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

uma filosofia de que é preciso despertar na leitora a auto-imagem de
uma mulher que confia em si própria, que é capaz, algo como “você
pode”. (MIRANDA, 2006, p.67).
O autor apresenta essa revista dirigida a mulheres mais jovens, solteiras,
divorciadas, e que trabalham fora de casa, não considerando a vida doméstica e/ou
familiar da mulher; com o propósito de construir um novo padrão de mulher, baseado
nos movimentos de libertação feminina. Investigando as matérias com temática “Amor e
sexo” da revista Nova Cosmopolitan, o autor encontrou como resultado de sua análise
discursiva a heterogeneidade de um discurso que se pretende homogêneo; usa como
estratégia discursiva a oralidade, em texto com estilo de conversação entre amigas. As
leitoras são tratadas como amigas. A imagem de mulher veiculada por Nova é a de
superação em relação à mulher, tradicional. Opõe-se a sexualidade como reprodução e
impõe o gozo da mulher; além de revelar que a mulher deva agradar o homem e ser
sexy. A revista Nova revela, ainda, o estereótipo de mulher ousada, dinâmica,
independente, que agrada seu parceiro, sensível, competente, perseguida no trabalho,
sensual além de outros. A revista Nova,
[...] embora tenha avançado em diversos aspectos culturais, sobretudo
no âmbito da sexualidade, ela pouco difere de publicações outras que
veicularam e veiculam a imagem da mulher vivendo e atuando em
função do homem. Ao que me parece, a mensagem implícita em Nova é:
agrade os homens. (MIRANDA, 2006, p.81).
Já em Galindo (2009) através do artigo “Com o Sexo no Coração: Sentidos
Sobre o Sexo e o Amor na Revista Feminina Nova Cosmopolitan Publicada no Brasil”,
procurou compreender os sentidos sobre o sexo e o amor na revista feminina Nova
Cosmopolitan, estabelecendo o período de 1997 e 1998 como um dos caminhos para a
compreensão do cenário sexo-afetivo feminino contemporâneo e seus deslocamentos
em relação ao ideário romântico. A autora revela que a satisfação sexual para a mulher
está ligada a sentimento amoroso; e este é reconhecido como assunto de mulher. A
revista estabelece “[...] o amor como meta, sendo o sexo incorporado a este como parte
indissociável do mesmo. O sexo é incluído no projeto de felicidade pessoal, ora
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