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JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

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ebê. A mãe só tem como compromisso ver o filho em certas horas/ ir a chás/ festas de<br />

caridade/ jogos de carta. A criança é vista como um ser ‘muito delicado’, que ‘cresce<br />

fragilmente’; desse modo, é dever da mãe não permitir a ‘presença seguida de<br />

desconhecidos que só irá prejudicar sua educação futura’. Mulher alguma pode fugir à<br />

responsabilidade da maternidade. Mulher-mãe é sinônimo de responsabilidade com a<br />

maternidade.<br />

Wolf (16/03/1946), escritora americana que escreveu um livro de sucesso ‘Our<br />

Children Face War’ no início da década de 40, fala sobre a violência na guerra. No<br />

artigo que escreve para Fon Fon, discorre sobre as implicações de se aplicar uma surra<br />

no filho. Para ela, a criança precisa ser controlada, mas não com pancada. Reconhece<br />

que “Em muitos lares, a surra é algo assentado e indiscutível.” Todavia propõe que<br />

“antes de bater em seu filho, procure saber, como boa mãe que é o porquê da má<br />

vontade do menino.” A autora exemplifica situações em que a criança, assustada por<br />

não corresponder às exigências do adulto é punida: “Não é certo isto, pois a mãe deve<br />

refletir que uma criança é uma criança e que não poderá raciocinar como um adulto.”<br />

(WOLF, 16/03/1946, p.10).<br />

o adulto.<br />

Vemos uma visão moderna da autora, isto é uma diferenciação entre a criança e<br />

O artigo “Cuidados com o recém-nascido” (09/03/1946) enfatiza que os cuidados<br />

a um recém-nascido são de responsabilidade do médico e não de pessoas leigas. Ser<br />

uma boa mãe é uma tarefa difícil e cabe ao médico ensinar como conseguir. Condena<br />

de maneira veemente qualquer orientação que não seja a do médico. É importante que<br />

ele “[...] a oriente e guie na difícil arte de ‘ser uma boa mãe’”. É possível perceber, de<br />

forma contundente, a semelhança desse artigo com os valores de De Lamare.<br />

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