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A psicologia esteve presente, também, na compreensão do “sentido de educar e<br />

disciplinar as crianças teimosas’. No artigo de 23/03/46, Rios procura orientar a leitora<br />

mãe, que o modo de educar atualmente mudou.<br />

197<br />

Depois dos estudos psicológicos, que mudaram o método do ensino,<br />

bem sentimos a necessidade, que tem a criança, de agir com liberdade.<br />

E a mãe que resolve tolher essa liberdade incorre num grave erro,<br />

porque despreza os ensinamentos do progresso e desconhece a<br />

evolução da psicologia educacional. (RIOS, 23/03/46, p.10).<br />

A mãe que antes estava obrigada a traçar seus passos de acordo com a<br />

medicina para não incorrer em erros e ser condenada por não cumprir com o que o<br />

especialista médico preconizava com uma mãe ‘verdadeira’, agora essa mesma mãe é<br />

lançada a outro terreno. Será preciso que caminhe sob as orientações e determinações<br />

estabelecidas pela psicologia. A mulher-mãe agora será responsabilizada se os filhos<br />

não responderem socialmente às determinações do universo psicológico.<br />

E cabe à mãe esse trabalho. Tudo depende dela, e não dos filhos.<br />

Estes, na idade infantil, nunca são mal educados, nem geniosos. Certas<br />

mães é que não sabem educar e vigiar o pequenino ser que lhe deve a<br />

vida deixando-o, muitas vezes, entregue aos precários cuidados das<br />

amas, responsáveis, quase sempre, pelos defeitos da criança. (RIOS,<br />

23/03/46, p.10).<br />

A educação nasce do berço e se estende até a entrada da criança na educação<br />

formal. A punição à criança faz parte, agora, de outro modo de compreender a<br />

educação no berço. Fundamenta-se na psicologia. A regra é não contrariar as crianças<br />

e, sim, distraí-las. Propõe: “O princípio básico da educação ativa, na escola atual, é<br />

deixar a criança agir por si, dentro das suas tendências. [...] com boas palavras e sem<br />

que ela perceba que estamos contrariando-a na sua vontade, nos seus pequeninos<br />

caprichos.” (RIOS, 23/03/46, p.10).<br />

Ainda nessa temática sobre educação, Rios reafirma no artigo de 30/03/1946<br />

que não se deve educar os filhos dos tempos atuais como no passado. Esse será o<br />

penúltimo artigo dessa autora. Haverá um intervalo de sete meses para sua última<br />

contribuição para a revista, em 12/10/46. Nesse artigo, a autora foge de todas as<br />

orientações às mães que escreveram até 30/03/1946, cujo papel era o de tratar a mãe

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