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eforçam o poder masculino, reforçando gênero. Para Bassanezi, nestas revistas é<br />

possível encontrar relações de gênero e a chance de novas possibilidades no<br />

significado atribuído ao gênero na sociedade.<br />

A revista CLÁUDIA foi utilizada como objeto de estudo por Cavalcante e Morais<br />

(2009), Rodrigues (2005), Petry e Oliveira e Silva (2004) e Bassanezi (1993b). O<br />

período analisado nos artigos deteve-se aos primeiros anos do século XX, mais<br />

especificamente aos anos 60. Exceção feita ao trabalho de Rodrigues (2005), que<br />

analisou uma edição da revista CLÁUDIA, em 2004. Os objetivos dos artigos<br />

destinaram-se a compreender o modo como a mulher está representada e sua imagem.<br />

De modo geral, a mulher retratada em Cláudia e analisada por esses autores revela-se<br />

como aquela dedicada ao lar, em uma relação de dependência ao homem, reforçando o<br />

poder masculino, ao mesmo tempo em que aprisiona a mulher no casamento ao papel<br />

de mãe. Esse cenário permite uma nítida visualização da desigualdade experienciada<br />

pela mulher no papel de esposa; contribuindo para que a mulher mantenha-se como<br />

rainha do lar, reforçando o arquétipo da Grande Mãe estabelecido principalmente pelos<br />

ideais higienistas. Além dessas constatações, os autores também apontam para o<br />

impedimento da mulher de viver a própria sexualidade antes do casamento e de<br />

adentrar no mundo do trabalho, este compreendido como aceitável na profissão de<br />

educadora infantil e/ou em condições de excepcionalidade.<br />

Outras temáticas diversificadas sobre o universo feminino e utilizando-se de<br />

outras revistas, foram exploradas por autores como Neckel (2007), Braga (2005), Dias<br />

(2003), Swain (2001), Klein e Ramos (s/d), Cardoso (2004), Gomes (2006) e Flausino<br />

(2003).<br />

Braga (2005), em seu artigo “Corpo e agenda na revista feminina” investigou o<br />

modo pelo qual a imprensa feminina, por meio de um “sistema estratégico discursivo”,<br />

institui um padrão idealizado de corpo feminino “adequado” para constituir o verão na<br />

cultura brasileira. Para tanto, se utilizou de onze exemplares das seguintes revistas:<br />

Boa Forma, Corpo a Corpo Símbolo, Dieta Já! Símbolo, Estilo & Cabelos R. G. Santoro,<br />

Manequim, Nova Abril, Nova Beleza Abril, Plástica & Beleza United Magazines e Raça<br />

Brasil Símbolo. A autora elegeu dentre “as diferentes seções formais da organização<br />

editorial das revistas três pontos interconectados: os editoriais e sua “relação reflexiva”<br />

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