JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

que não se pode fazer. Trata-se de disciplinar e conduzir a um processo de mãe
civilizada ou higienizada. Abaixo apresentaremos diferentes categorias dessa
intervenção na família a partir da mãe.
MÃE SEM VÍCIO E ESPORTISTA
Na edição de Agosto de 1949, o artigo “Não fumando, espero! (Para a futura
mamãe)”, orienta as mães que fumar e beber bebidas alcoólicas traz sérios riscos a
saúde do bebê. Recomenda que a mãe esportista pratique atividades calmas como o
ping-pong e passeios em terrenos planos. Não convém jogar tênis nem praticar
alpinismo.
Um dado interessante a ser destacado desta publicação é a compreensão de
que mulher e mãe brasileira poderiam praticar na década de 40 tênis e alpinismo. É, na
realidade, uma mulher socialmente muito favorecida economicamente. O alpinismo só
pode ser exercido em outros países que apresentam baixíssimas temperaturas, muito
distante de nosso país tropical; tendo, então, a mãe de viajar para o exterior para
vivenciar seus caprichos. Esse artigo aponta como leitora da revista A Cigarra a mulher
de classe alta do Brasil.
MÃE RECREACIONISTA
“Os desbravadores”, esse é o título do artigo da edição de outubro de 1950.
Nesse artigo, a família é apresentada como quem viaja em carro próprio pelo Brasil.
Clara descrição da família de classe mais favorecida. O autor se propõe a orientar a
mãe na preparação da viagem de modo a não torná-la enfadonha para as crianças.
Criam-se então, oito recomendações para suprir as necessidades das crianças, como:
tirar os sapatos da criança logo ao entrar no carro; livrar o máximo possível os bancos
do carro de objetos; oportunizar brinquedos; tomar lanche ao ar livre para as crianças
brincarem um pouco; levar água; cantar para as crianças; levar livros para ler com as
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