JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA - Home - Unesp

Nesse sentido, o especialista ao referir-se à necessidade da ‘pessoa que
castigue’, agir sem violência, gritos e descontrole, se refere precipuamente à pessoa da
mãe.
Essa parece compreender a instrução a ser seguida e saber administrar o
castigo de modo a não comprometer a criança. Ela deverá agir:
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Voz branda, atitude calma, são de suma importância quando se vai
repreender uma criança. Quando o adulto grita e se descontrola, será
imitado ao invés de respeitado.
[...]
Em princípio não se deve bater na criança. A palmada fica reservada
para as grandes ocasiões. Ela vem a propósito quando a criança faz
alguma coisa que põe a sua ou a alheia vida em risco. (S/A, Maio, 1949,
p.122).
[...]
Não se castiguem hoje uma criança pela mesma coisa na qual ontem
acharam graça.
[...]
Se o castigo já veio junto com a travessura e, decididamente não se
deve aumentar a aflição ao aflito...
[...]
Outro absurdo é prometer castigo que não se vai dar. (S/A, Maio, 1949,
p.123).
O autor esclarece ainda que muitos castigos possam ser evitados se a criança
tem a seu favor as condições de ser criança:
Muito castigo poderá ser evitado se as crianças conseguem expandir a
sua vitalidade normalmente. Muito menino que maltrata a irmãzinha,
quebra pratos, persegue os cachorros ou rasga livros precisa é de um
quintal ou uma praça para brincar com amigos da mesma idade. (S/A,
Maio, 1949, p 123).
Na edição de agosto de 1950, a mãe é orientada a fazer um pequeno teste de
modo a avaliar se “está dando ao filho a orientação correta ou se está ao contrário,
estimulando os acessos de fúria, as demonstrações de mau gênio”. O autor considera
que “Os acessos de “gênio” são consequências da falta de disciplina, ou pelo menos,
de uma disciplina constante, que é a única que traz resultados”. (S/A, Agosto, 1950,
p.119).