avaliação de uma proposta de mudança curricular no colégio pedro ii

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exigência dos empregadores. Fávero (2001, apud SILVEIRA, 2006) afirma que “em 1966/67, todo o arsenal teórico-metodológico do planejamento e da economia da educação estava sendo aplicado para subordinar a educação ao projeto autoritário do crescimento econômico e inserção subordinada da economia brasileira no capitalismo internacional”, com a implantação de projetos como os ginásios polivalentes, ginásios pluricurriculares e ginásios orientados para o trabalho. Esta conjuntura leva à reforma universitária de 1968 e à Lei nº 5.692/71 com a profissionalização obrigatória, para conter a demanda do curso superior, através do discurso de “escassez de técnicos” e evitar a “frustração dos jovens”, que não lograram ingressar nos cursos superiores, quanto à habilitação profissional (SILVEIRA, 2006) 16 . O Plano Decenal da Aliança para o Progresso e o Conselho Interamericano Econômico e Social (CIES) indicavam que educador e educando haviam-se transformado em capital humano (SHIROMA, 2000, apud SILVEIRA, 2006), já que a formação se dava para inserção desta mão-de-obra no processo produtivo taylorista-fordista. Assim, o currículo proposto para a formação do técnico de nível médio buscou atender às necessidades do mercado de trabalho, moldando o capital humano com modernização dos hábitos de consumo e controle político- ideológico da vida intelectual e cultural do país. 16 A comunidade educacional passa a utilizar vários instrumentos a fim de formular diagnósticos, denúncias e propostas para a educação, contando com: Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação (Anped), Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior (Andes), Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE), Comissão Nacional pela Reformulação dos Cursos de Formação do Educador (CONARCFE), Associação Nacional pela Formação de Profissionais da Educação (Anfope), Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cadernos do Cedes), Revista Educação& Sociedade, Conferências Brasileiras de Educação (CBE) e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 80
1.4.3. A Situação Atual do Ensino Profissionalizante A rigor, a educação profissional, a partir do Decreto nº 2.208/97, é tudo o que vem após o ensino médio, aí incluídos o ensino técnico e o tecnológico, bem como os demais cursos de graduação. Tal decreto, no Inciso I do Artigo 1º, afirmava, acerca dos objetivos da educação profissional: “I – promover a transição entre a escola e o mundo do trabalho, capacitando jovens e adultos com conhecimentos e habilidades gerais e específicas para o exercício de atividades produtivas.” O Decreto nº 5.154/04, que revogou o Decreto nº 2.208/97, objetivava resgatar as bases unitárias do ensino médio, com o fim de adequá-lo à diversidade própria da realidade brasileira, facultando às instituições de ensino o oferecimento da educação profissional técnica de nível médio articulada com o ensino médio de forma integrada ou concomitante, e, ainda, de forma seqüencial para os egressos (FRIGOTTO et al., 2005). Assim, a formação técnico-profissional seria acessível a todos e não substituiria a educação regular. Os cursos seqüenciais constituem uma modalidade do ensino superior na qual o aluno, após ter concluído o ensino médio, pode ampliar seus conhecimentos ou sua qualificação profissional. Destinam-se à obtenção ou atualização de qualificações técnicas, profissionais ou acadêmicas. Definidos por “campo do saber”, os cursos seqüenciais não se confundem com os cursos e programas tradicionais de graduação, pós-graduação, ou extensão. Devem ser entendidos como uma alternativa de formação superior, destinada a quem não deseja fazer ou não precisa de um curso de graduação plena. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 81
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