avaliação de uma proposta de mudança curricular no colégio pedro ii

para o ingresso no nível superior, enquanto que a população estaria relegada ao ensino
profissional destinado ao exercício das funções subalternas. Tal dualismo foi substituído, no
entanto, pela terminalidade que, dependendo das condições, poderia ser uma terminalidade
legal ou uma terminalidade real, o que manteve o tratamento desigual entre as classes sociais.
Estabelece-se, portanto, na educação nacional, uma tendência tecnicista, em que as decisões
passaram a ser determinadas pelo grupo tecnocrático-militar no poder, visando ao
aprimoramento técnico com a busca pela maximização de eficiência e produtividade em
detrimento da vertente de autonomização e atendimento às aspirações individuais que regiam
a legislação anterior, e que continuavam presentes, paradoxalmente, na nova lei, pela não
revogação dos quatro primeiros artigos da Lei nº 4.024/61.
A nova legislação trouxe problemas sérios ao Colégio Pedro II, pois, com a Reforma, o
primeiro grau sendo constituído de dois segmentos contínuos, foi proibido o exame de
admissão por ser considerado um fator de evasão da escola. Para restabelecer o ensino de
primeiro grau, que alimentava diretamente o segundo grau, deu-se a assinatura de um
convênio do Colégio Pedro II com o município, onde as crianças que tivessem obtido na
quarta série o aproveitamento A, poderiam fazer o prosseguimento de estudos no Colégio
Pedro II, e não admissão. Desta forma a Secretaria Municipal fazia a seleção prévia e por
meio dos Distritos educacionais enviava para as respectivas unidades do Colégio e, diante do
número de vagas, selecionava os melhores. Desta forma restabeleceu-se o segundo segmento
do ensino de primeiro grau.
Em 1976, o Colégio Pedro II implantou a profissionalização no segundo grau, determinada
pela Lei nº 5.692/71. Ao publicar o Plano de Habilitações Básicas, no entanto, a
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