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avaliação de uma proposta de mudança curricular no colégio pedro ii

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“consenso” pela socieda<strong>de</strong>. Assim, <strong>mudança</strong>s nesta estrutura são recebidas com forte<br />

resistência, quando o são. Esta resistência po<strong>de</strong> ser sentida em diversos níveis, tanto do corpo<br />

discente, <strong>no</strong>sso foco, como <strong>no</strong> corpo docente e na comunida<strong>de</strong> em geral, segundo relatos<br />

pessoais.<br />

Mudanças pressupõem re<strong>avaliação</strong> <strong>de</strong> valores, <strong>mudança</strong>s <strong>de</strong> referenciais, acomodação a <strong>no</strong>vas<br />

situações. Esses movimentos, via <strong>de</strong> regra, são dificultados pelo tamanho dos atuais grupos<br />

sociais, cada vez maiores nas regiões urbanas, já inchadas, on<strong>de</strong> a circulação <strong>de</strong> idéias se faz<br />

<strong>de</strong> forma rápida, mas cuja inércia aumenta na proporção direta <strong>de</strong> seu crescimento, o que<br />

dificulta, quando não inviabilizam, as <strong>mudança</strong>s <strong>proposta</strong>s por estas <strong>no</strong>vas idéias.<br />

Silva (1986), abordando a questão dos valores em educação, aponta para a análise <strong>de</strong><br />

Nietzsche acerca da “rigi<strong>de</strong>z e prefixação dos sistemas e hierarquias <strong>de</strong> valores, <strong>de</strong>correntes<br />

sempre das crenças que paralisam: as convicções tornam-se prisões.” (p. 53). Discorre ainda<br />

sobre o pensamento <strong>de</strong> Marx e Engels, afirmando que as formações i<strong>de</strong>ológicas, como os<br />

sistemas educacionais, <strong>de</strong> requintadas implicações, apresentam <strong>uma</strong> auto<strong>no</strong>mia relativa, em<br />

que os fios que interligam a subestrutura e a superestrutura não cost<strong>uma</strong>m ser óbvios,<br />

especialmente nas socieda<strong>de</strong>s atuais, <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> máxima, “...e sobretudo em domínio<br />

tão rico <strong>de</strong> nuanças e jogos dialéticos como este <strong>no</strong> qual operamos, o das vinculações entre<br />

práticas educativas e atribuições valorativas.” (p. 62). Desta forma, “os mesmos homens que<br />

estabeleceram as relações sociais <strong>de</strong> acordo com sua produtivida<strong>de</strong> material produzem,<br />

também, os princípios, as idéias, as categorias <strong>de</strong> acordo com as suas relações sociais.”<br />

(MARX, 1982, apud SILVA, 1986). A esta visão po<strong>de</strong> ser somada a da chamada Teoria do<br />

Capital H<strong>uma</strong><strong>no</strong>, on<strong>de</strong> Frigotto (1989, apud GRECO, 1994) afirma que a visão eco<strong>no</strong>micista<br />

estabelece a relação vertical entre educação e mercado <strong>de</strong> trabalho, acreditando-se que as<br />

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