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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 177 –<br />

RESUMO HISTÓRICO<br />

DANIELSSEN e BOECK (120) encontraram em 1848 em tecidos<br />

provenientes de casos lepromatosos, elementos celulares apresentando<br />

“degeneração gordurosa” aos quais VIRCHOW denominou mais tarde<br />

(1864-1865) “Leprazellen” (células leprosas), de protoplasma vacuolar,<br />

característica <strong>da</strong> moléstia.<br />

Pouco depois, em 1868, HANSEN, estu<strong>da</strong>ndo cui<strong>da</strong>dosamente essas<br />

celulas leprosas de Virchow, observou nelas certos “elementos pardos''<br />

(braune Koerperchen), tendo demonstrado logo após tratar-se de massas<br />

de bastonetes agrupados, que pôde tingir com ácido ósmico (1871-1873).<br />

Finalmente em 1874 fêz a primeira descrição completa do bacilo que<br />

descobrira e a que atribuia o papel patogênico. (178)<br />

Contudo, muito havia ain<strong>da</strong> que fazer para convencer os meios<br />

científicos <strong>da</strong> época. Contra as interpretações de Hansen levantava-se a<br />

opinião prestigiosa de DANIELSSEN e a do próprio VIRCHOW, que julgava<br />

fossem os tais bastonetes simples cristais intracelulares de ácidos graxos.<br />

Os métodos de coloração não estavam desenvolvidos e não se podia fazer<br />

progressos no estudo <strong>da</strong> estrutura <strong>da</strong> bactéria.<br />

HANSEN recebeu em seu laboratório de Bergen a visita de NEISSER<br />

e de EDLUND, que apoiaram agora suas afirmações. Coube ao proprio<br />

NEISSER levar adiante os trabalhos sôbre o bacilo de Hansen, por meio de<br />

novas técnicas de coloração, e em 1879 publicou o resultado de seus<br />

estudos com a colaboração de Weigert-Koch e confirmou a hipótese de<br />

sua importância patogenética.<br />

Com os estudos posteriores de HANSEN (180) (1880) e de NEISSER<br />

(1881) ficaram sendo conhecidos novos aspectos dos germes, de seus<br />

agrupamentos intracelulares (hoje chamados “globias”) e de suas<br />

localizações nos diversos tecidos orgânicos de casos lepromatosos.<br />

O germe não tardou a ser reconhecido pelos bacteriologistas tendo<br />

sido novamente estu<strong>da</strong>do por CORNIL (109) , CORNIL & SUCHARD (108)<br />

(1881) e outros autores. No ano seguinte THIN (473) fêz notar que os<br />

bacilos se encontravam sempre dentro de elementos celulares linfóides e<br />

foi, segundo MC KINLEY (300) o primeiro a assinalar o fato de que êles<br />

retinham a fucsina que os corara, mesmo após tratamento sucessivo por<br />

ácido nítrico diluido, princípio do método de coloração até hoje<br />

empregado.<br />

Novos trabalhos foram publicados por HANSEN entre os quais, em<br />

1886 (181) o que se referia à coloração pelo método<br />

F– 12

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