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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 332 –<br />

A reação entre o antígeno e o anticorpo provocaria a enfermi<strong>da</strong>de”.<br />

(RÖSSLE, 393 ). Sob êsse prisma, de acôrdo com LUSTIG,GALEOTTI<br />

eRONDONI, “o tempo de incubação poderia ser entendido não só<br />

como o período de invasão do agente patogênico como também de<br />

preparação do indivíduo parasitado”.<br />

Essa interpretação, sugeri<strong>da</strong> para certas moléstias<br />

infecciosas, seria aceitável na lepra? Parece-nos que aqui o tempo<br />

de incubação, por ser muito longo, deve ser encarado<br />

principalmente como o período necessário para a multiplicação e<br />

desenvolvimento do “M. leprae”, que é geralmente lento e<br />

demorado. A favor dessa impressão pode acrescentar-se que o<br />

organismo, muito antes do aparecimento <strong>da</strong>s manifestações<br />

clínicas, pode ter reagido contra o germe, mobilizando as suas<br />

defesas, o que poderia ter sido evidenciado, em muitos casos, pelo<br />

resultado positivo <strong>da</strong> lepromino-reação.<br />

JEANSELME não julga necessário <strong>da</strong>r o nome de incubação ao<br />

longo período de latência que decorre desde a contaminação até o<br />

aparecimento <strong>da</strong>s primeiras manifestações, dividindo-o em duas partes: “a<br />

primeira denomina<strong>da</strong> de “microbismo latente” ou de “inércia”, durante a<br />

qual o bacilo específico se a<strong>da</strong>ta mais ou menos lentamente ao terreno<br />

orgânico sôbre o qual se transplantou, e a segun<strong>da</strong> de “germinação” que<br />

se estende desde o momento em que o bacilo começa a pulular e a<br />

provocar reação defensiva dos tecidos até a aparição dos primeiros<br />

acidentes perceptíveis. E’ a esta segun<strong>da</strong> parte do período latente que<br />

convem reservar o nome de incubação”.<br />

De acôrdo com GOUGEROT “estas assim chama<strong>da</strong>s incubações<br />

devem pois ser dividi<strong>da</strong>s em três períodos: – período latente (ou portador<br />

de germes); – incubação ver<strong>da</strong>deira (Besnier) ou antes primeira<br />

incubação, antes do cancro ou antes dos primeiros sinais discretos,<br />

localizados, os pródomos estão ausentes ou não são característicos; –<br />

segun<strong>da</strong> incubação do “cancro” ou primeiros sinais localizados à<br />

generalização clínica <strong>da</strong> infecção”.<br />

Já assinalámos que é habitualmente longa a incubação <strong>da</strong> lepra,<br />

protraindo-se por alguns anos; no entanto, só excepcionalmente se<br />

conseguiria apurar com relativa segurança a duração dêsse período, pois<br />

os doentes com freqüência ignoram qual a fonte de contágio, e mesmo<br />

quando esta é conheci<strong>da</strong>, torna-se difícil estabelecer qual a época precisa

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