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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 317 –<br />

no saco conjuntival dos olhos de 5 coelhos, nos cortes microscópicos<br />

feitos em segui<strong>da</strong> encontrou os bacilos <strong>da</strong> lepra não sòmente sob a<br />

cama<strong>da</strong> epitelial <strong>da</strong> mucosa, na profun<strong>da</strong> e perto <strong>da</strong> glândula de<br />

Meibonius, mas também dentro <strong>da</strong> parede dos vasos sanguíneos.<br />

Êsses <strong>da</strong>dos, tanto <strong>da</strong> patologia geral como experimentais (na<br />

moléstia de Stefansky) permitem afirmar que é admissível a penetração<br />

dos bacilos pela mucosa ocular. A favor dessa hipótese depõe ain<strong>da</strong> o fato<br />

que essa mucosa apresenta-se freqüentemente comprometi<strong>da</strong> nos doentes<br />

lepromatosos.<br />

PENETRAÇÃO DOS BACILOS ATRAVÉS DOS<br />

ORGÃOS GENITAIS<br />

A contaminação pelo contacto sexual foi admiti<strong>da</strong> por vários<br />

autores (JOLY, DALZIEL, (119) LELOIR, CLARAC, (102) THIROUX, WILSON,<br />

WHITE, MAC NAMARA, KERMORGANT e outros). Alguns dêles referem<br />

casos isolados, em que a moléstia teria sido adquiri<strong>da</strong> por êsse<br />

mecanismo. Ajunte-se que o “M. leprae” tem sido encontrado na mucosa<br />

vaginal (BABES e KALINDERO), nas lesões <strong>da</strong> vulva, glande e prepúcio<br />

(GLUCK). Nós mesmos observamos dois doentes com lepromas ulcerados<br />

<strong>da</strong> glande, sendo positiva a baciloscopia. Nos exames bacterioscópicos<br />

praticados no muco vaginal de 100 doentes de lepra, THIROUX obteve<br />

resultado positivo para o bacilo de Hansen em 27,27% dos casos<br />

nodulares, em 3,84 % dos “anestésicos” e em 9 % <strong>da</strong>s formas mistas.<br />

Assinale-se, ain<strong>da</strong>, que CHORINE e BERNY,<br />

(97) conseguiram<br />

transmitir a moléstia de Stefansky a ratas, colocando emulsão de bacilos<br />

na mucosa vaginal.<br />

Êsses <strong>da</strong>dos tornam admissível que a lepra possa transmitir-se<br />

também pelo contacto sexual, desde que existam lesões bacilíferas nos<br />

órgãos genitais. Embora provável, tal modo de infecção não deve ser<br />

freqüente, contra isso depondo vários elementos: 1.°) A maior freqüência<br />

<strong>da</strong> infecção leprótica na infância e na adolescência, período em que as<br />

relações sexuais são inexistentes. 2.°) A rari<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s lesões nos órgãos<br />

genitais. 3.°) Ao fato assinalado por KOCH de que nos trópicos a lepra só<br />

é adquiri<strong>da</strong> pelos homens europeus que vivem em concubinato com<br />

mulheres nativas, ao passo que as mulheres brancas não se contaminam;<br />

JADASSOHN, que o cita, objeta “que os homens em geral contraem a lepra<br />

muito mais freqüentemente e, alem disso,

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