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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 260 –<br />

os resultados <strong>da</strong>s punções ganglionares e <strong>da</strong> biópsia ganglionar e nasal.<br />

Êsses indivíduos com lepra patente ganglionar ou com lepra<br />

incipiente nasal, poderiam mais tarde, por condições várias, ter a<br />

generalização <strong>da</strong> moléstia – como nós observamos em dois e FALCÃO em<br />

11 casos – ou debelar a infecção de maneira completa, de modo a que o<br />

exame de muco e o rinoscópico não evidenciariam a lesão nasal, nem a<br />

punção de gânglios seria positiva e nem, tão pouco, outros sinais clínicos<br />

de lepra chegariam a se manifestar durante longos anos ou tô<strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />

Nesta última condição, colocariamos os nossos 63 comunicantes nos<br />

quais a evolução ulterior dos casos não pôs em relêvo nenhuma<br />

manifestação <strong>da</strong> moléstia, e os 3 casos de FALCÃO. De acôrdo com as<br />

suposições acima emiti<strong>da</strong>s (note-se que são apenas hipóteses, já que<br />

qualquer afirmação seria au<strong>da</strong>ciosa) vemo s que êstes últimos casos<br />

poderiam ser considerados não mais como “portadores de germes”, mas<br />

sim como doentes de lepra latente ganglionar ou com uma única<br />

manifestação nasal <strong>da</strong> moléstia, que espontaneamente regrediu com o<br />

decorrer do tempo.<br />

Lendo o trabalho de ALFONSECA, (10) vimos que o nosso modo de<br />

pensar é semelhante ao de JEANSELME que, a respeito dos três<br />

comunicantes de KITASATO com exame de muco positivo, preferiu<br />

inclinar-se para a hipótese de serem êles já doentes de lepra incipiente,<br />

inicial, pelo fato de que os bacilos já tinham forçado a barreira epitelial <strong>da</strong><br />

pituitária.<br />

Ain<strong>da</strong> em apôio do conceito que emitimos, é interessante<br />

transcrever um trecho do estudo que JADASSOHN (202) faz <strong>da</strong> patologia <strong>da</strong><br />

lepra: “Sabemos atualmente, baseados em numerosos achados, que de<br />

fato a infecção leprosa se acha muito mais dissemina<strong>da</strong> do que realmente<br />

se admite. Já me referi diversas vêzes a êste ponto. Em princípio devemos<br />

distinguir a êste respeito: a invasão simples, sem nenhuma reação do<br />

corpo, e a infecção que, ou permanece clìnicamente em completa latência<br />

ou só produz sintomas tais que passam despercebidos ao infectado”.<br />

De qualquer maneira, na falta de <strong>da</strong>dos mais completos sôbre os<br />

nossos casos e os publicados na literatura, achamos melhor deixar em<br />

suspenso o nosso juízo sôbre a questão, embora prefiramos considerar<br />

como muito suspeitos de serem doentes de lepra os comunicantes com<br />

muco nasal positivo.

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