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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 307 –<br />

sentido de ser geralmente a pele a via de penetração do “M. leprae”. No<br />

entanto, essa dedução não pode ser sumàriamente estabeleci<strong>da</strong>, não só<br />

porque essas estatísticas (inclusive a nossa) não deixam de ser passíveis<br />

de certas críticas, mas também porque é aceito, por muitos autores, que a<br />

penetração dos bacilos não é denuncia<strong>da</strong> por um acidente primitivo,<br />

<strong>da</strong>ndo-se a localização na pele em uma fase mais tardia <strong>da</strong> infecção.<br />

Destarte, a manifestação cutânea nas partes descobertas poderia correr por<br />

conta de vários agentes externos (por exemplo, traumatismo), que<br />

criariam um “locus minoris resistentiae” nêste ou naquele ponto <strong>da</strong> cutis,<br />

onde se localizariam os bacilos provenientes de um foco ganglionar.<br />

De outro lado, embora falhando as tentativas de inoculação <strong>da</strong><br />

lepra no homem, são referidos casos na literatura em que a infecção<br />

leprosa se teria evidenciado depois de inoculações acidentais. Estas foram<br />

descritas seja em crianças como em adultos, consistindo em excoriações e<br />

ferimentos feitos com instrumentos de uso dos doentes.<br />

Contudo, sem negar que a transmissão <strong>da</strong> lepra possa efetuar-se<br />

dessa maneira, a maior parte <strong>da</strong>s observações são pouco convincentes e<br />

deixam margem a dúvi<strong>da</strong>s, sem contar que em quase todos os casos os<br />

indivíduos inoculados já conviviam com doentes de lepra. Apenas em<br />

algumas delas a primeira manifestação <strong>da</strong> moléstia parece ter-se<br />

localizado justamente no ponto em que se efetuou a inoculação acidental.<br />

Acrescente-se ain<strong>da</strong> que se poderia ter argumento favorável à porta<br />

de entra<strong>da</strong> dos bacilos pela pele, no caso de ser bem fun<strong>da</strong>mentado o<br />

modo de ver de alguns autores, segundo os quais a vacinação de braço<br />

para braço teria contribuido para a propagação <strong>da</strong> lepra. Realmente, a<br />

vacinação fôra acusa<strong>da</strong> de favorecer o contágio pelo transporte braço a<br />

braço, na linfa vacinal, do agente infectante. Essa possibili<strong>da</strong>de foi<br />

admiti<strong>da</strong> por ARNING, AZUA, BROWN, HILLÍS, DEKEYSER, DALAND,<br />

SMITH, MOURITZ e outros (cit. por JADASSOHN) e ROGERS e MUIR.<br />

ARNING e SUGAI (cit. JADASSOHN), encontraram bacilos na<br />

pústula vacinal e na crosta de lepromatosos (em oposição à<br />

Comissão Indiana). Idênticos resultados foram obtidos por PITRES,<br />

GAIRDNER, MERIAN, EICHORST e outros.

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