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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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descobertas nos paises quentes. Se bem que estas estatísticas fossem<br />

passíveis de crítica, não deixaram de impressionar muitos A.A., no<br />

sentido de que a localização <strong>da</strong>s lesões em partes descobertas permitiria<br />

admitir a participação de insetos como agentes intermediários <strong>da</strong><br />

transmissão <strong>da</strong> moléstia.<br />

Aliás, já em meiados do século passado, antes <strong>da</strong> descoberta do<br />

bacilo de Hansen, DANIEL BEAUPERTHUY admitia que as moscas,<br />

pousando sôbre as úlceras dos doentes de lepra podiam em segui<strong>da</strong><br />

contaminar uma excoriação cutânea. Depois dêle, numerosos A.A.<br />

procuraram encontrar os fun<strong>da</strong>mentos para a justificação <strong>da</strong> transmissão<br />

indireta por intermédio dos parasitos animais.<br />

Após a leitura <strong>da</strong> abun<strong>da</strong>nte bibliografia existente sôbre o assunto,<br />

vê-se que os A.A. admitem a participação dos insetos na transmissão <strong>da</strong><br />

moléstia, em virtude de dois mecanismos diferentes:<br />

1.° – Os insetos seriam simples transportadores dos bacilos, que<br />

ficando sôbre a superfície do seu corpo, depois seriam depositados em<br />

soluções de continui<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pele ou <strong>da</strong> mucosa dos indivíduos sadios;<br />

2.° – Os insetos, picando os doentes de lepra lepromatosa (que<br />

freqüentemente têm bacilemia) recebem bacilos que permanecem no seu<br />

tubo digestivo durante tempo mais ou menos longo; em segui<strong>da</strong>, picando<br />

indivíduos sãos, transmitem-lhes êsses germes.<br />

ROGERS eMUIR admitem que “insetos capazes de produzir túneis<br />

no tegumento, tais como o “Acarus scabiei” podem conduzir bacilos <strong>da</strong><br />

lepra através <strong>da</strong> pele ou proporcionar vias de acesso aos germes para os<br />

tecidos conjuntivos”.<br />

Finalmente, chegou-se a admitir, (SANDES, 416 ) e Noc. (330) que ao<br />

picar o doente, o inseto se carrega de bacilos, os quais proliferariam ou<br />

passariam por estádios intermediários, nos órgãos do próprio vector; só<br />

mais tarde êste seria capaz de provocar a moléstia, ao picar o indivíduo<br />

são. Esta suposição parece-nos porém hipotética, em face dos deficientes<br />

recursos laboratoriais capazes de comprová-la.<br />

De modo geral, êsses seriam os mecanismos pelos quais os<br />

parasitos animais favoreceriam a propagação indireta <strong>da</strong> lepra. Vamos<br />

agora considerar isola<strong>da</strong>mente ca<strong>da</strong> um dêsses vectores, referindo as<br />

pesquisas que foram feitas sôbre os mesmos e encarando a possibili<strong>da</strong>de<br />

de sua participação na transmissão <strong>da</strong> lepra.<br />

F. – 19

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