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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 283 –<br />

bacilíferos, cuja moléstia não fôra reconheci<strong>da</strong> pelo leigo. Esta última<br />

hipótese parece-nos mais viável e de acôrdo com a nossa experiência, a<br />

qual também nos permitiu observar que, de modo geral, a grande maioria<br />

de doentes parece ter-se infectado no convívio íntimo com outro doente.<br />

Dentro de certos limites (i<strong>da</strong>de, capaci<strong>da</strong>de imunitária, etc.) é mesmo<br />

possível afirmar que tanto maior é a possibili<strong>da</strong>de de contágio quanto<br />

maior fôr a intimi<strong>da</strong>de do contacto com o doente. E’ o que se pode<br />

observar, por exemplo, nos casos de lepra familiar, onde adoecem mais<br />

freqüentemente as pessoas que mantinham convivência mais estreita e<br />

prolonga<strong>da</strong> com o doente. Assim, a contaminação é mais freqüente dos<br />

pais para os filhos e de irmão para irmão do que de tios e avós para<br />

sobrinhos e netos.<br />

Ajuntemos ain<strong>da</strong> que em certos paises a incidência <strong>da</strong> lepra,<br />

entre os que têm parentes doentes é maior do que entre a<br />

população em geral: por exemplo a Comissão Indiana observou<br />

5% de incidência no primeiro caso e 0,05% no segundo,<br />

mostrando “que naqueles em íntimo contacto com a moléstia esta<br />

foi contraí<strong>da</strong> 100 vezes mais freqüentemente do que no povo em<br />

geral” (ROGERS e MUIR). Ain<strong>da</strong> êstes autores assinalam que “em<br />

regiões como o Hawaii, onde a incidência <strong>da</strong> moléstia é<br />

extremamente alta, as proporções serão menores porque alí se<br />

apresentam abun<strong>da</strong>ntes oportuni<strong>da</strong>des para os sadios se exporem a<br />

uma estreita aproximação com os mui numerosos leprosos, fora de<br />

suas próprias casas; entretanto, como alí o povo não tem medo <strong>da</strong><br />

moléstia e são muito inclinados à promiscui<strong>da</strong>de e sociabili<strong>da</strong>de, a<br />

freqüência <strong>da</strong>s infecções domésticas é relativamente menor em<br />

proporção à. <strong>da</strong> população em geral”.<br />

CONTÁGIO INDIRETO<br />

Muitos leprólogos admitem que o contágio <strong>da</strong> lepra possa<br />

processar-se de maneira indireta: 1.°) pelas habitações em que residiram<br />

doentes de lepra; 2.°) pelos objetos contaminados e 3.°) pelos vectores<br />

animais . A transmissão pelos insetos é admiti<strong>da</strong> por numerosos autores, e,<br />

sem dúvi<strong>da</strong>, conta com muitas simpatias entre os que admitem que a lepra<br />

possa transmitir-se também indiretamente; considera-la-emos no fim<br />

dêste capítulo, fazendo sôbre a mesma comentários mais minuciosos.

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