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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 246 –<br />

substituidos por polinucleares e grandes mononucleares,<br />

especialmente quando a supuração tem lugar”.<br />

“Em suma, a lepra murina devido à natureza e provável<br />

origem <strong>da</strong>s células afeta<strong>da</strong>s, leva à suposição de uma infecção<br />

primordial do sistema retículo-endotelial. Assim, na pele as células<br />

infecta<strong>da</strong>s parecem ser histiócitos oriundos do tecido conjuntivo;<br />

nos gânglios linfáticos, histiócitos do retículo; na medula óssea, de<br />

células reticulares, assim como nos órgãos e tecidos; no fígado são<br />

as células de Kupffer; no baço, as células reticulares etc.”<br />

LEPRA MURINA E LEPRA HUMANA<br />

Apesar <strong>da</strong> semelhança muito grande entre os germes produtores <strong>da</strong><br />

lepra murina e humana, e apesar de alguns aspectos idênticos <strong>da</strong>s<br />

manifestações clínicas de ambas as moléstias, não há relação direta entre<br />

elas, não se pode identificar o M. Leprae ao M. Leprae muris.<br />

Os estudos epidemiológicos já indicam a duali<strong>da</strong>de, pois tanto há<br />

regiões sujeitas à lepra murina e praticamente livres de lepra humana<br />

(Paris, etc.) como regiões em que esta é endêmica sem que aquela seja<br />

anormalmente freqüente. SOULE (441) por exemplo, não encontrou casos de<br />

lepra entre os ratos comensais <strong>da</strong> colônia leprosa de Culion, Filipinas.<br />

As provas bacteriológicas e imunológicas completam a distinção.<br />

Vimos no capítulo anterior que o rato tem sido usado comumente para as<br />

tentativas de inoculação de material lepromatoso humano, sem que se<br />

tenha chegado a produzir lesões locais e gerais que lembrassem os<br />

aspectos <strong>da</strong> lepra murina.<br />

Também as cuti-reações com material lepromatoso humano e<br />

murino (lepromina Hansen e lepromina Stefansky) provaram a MUIR,<br />

BURNET (315/79) e outros que as respostas orgânicas não são comparaveis;<br />

assim, na lepra lepromatosa, que se caracteriza por permanecer<br />

indiferente à injeção <strong>da</strong> lepromina H, a injeção <strong>da</strong> lepromina S produz<br />

uma reação níti<strong>da</strong> e às vezes intensa, como o fariam muitos outros ácidoresistentes<br />

que não o de Hansen.<br />

Tratando-se embora de duas moléstias dis tintas, a semelhança dos<br />

germes causadores e de certos aspectos anatomo -clínicos tem feito <strong>da</strong><br />

lepra murina um campo de estudos muito importante pela possível<br />

aplicação de conhecimentos nela adquiridos à melhor compreensão <strong>da</strong><br />

lepra humana.

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