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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 197 –<br />

Recentemente se chegou a uma situação algo mais favorável nessa<br />

matéria e julgam alguns autores que o bacilo de Hansen tenha sido de fato<br />

cultivado em meio artificial, muito lenta e exíguamente, não se<br />

conseguindo, porém, a reprodução além de poucas subculturas. Não se<br />

pode considerar resolvido, de maneira satisfatória, portanto, o problema<br />

do cultivo indefinido do bacilo <strong>da</strong> lepra em meios de cultura exteriores ao<br />

organismo.<br />

Todos os meios artificiais até hoje conhecidos foram empregados<br />

nessas tentativas, e mesmo alguns outros especialmente elaborados para<br />

germe tão exigente; muito comum tem sido o uso dos meios próprios para<br />

o crescimento do bacilo de Koch (à base de ovo, sôro, glicerina, etc.) bem<br />

como os extratos placentários, hormônios, vitaminas. Também tem-se<br />

empregado fórmulas basea<strong>da</strong>s em pretensas etiologias <strong>da</strong> moléstia, como<br />

o caldo de peixe putrefato, e diversas condições outras, tais como<br />

simbioses com vários microorganismos e atmosferas de composição<br />

química variável.<br />

Êsses variados processos, de que descreveremos mais adiante as<br />

minúcias quanto aos mais interessantes, deram origem a uma considerável<br />

diversi<strong>da</strong>de de bactérias; não se podendo assegurar a natureza leprosa dos<br />

microorganismos cultivados, tornar-se-ia monótono e pràticamente inútil<br />

descrever um a um todos os aspectos macro e microscópicos <strong>da</strong>s culturas<br />

obti<strong>da</strong>s. GAY e colaboradores (160) asseguram que de 1886 a 1933 na<strong>da</strong><br />

menos de 62 autores referiram varie<strong>da</strong>des diferentes de bactérias<br />

cultiva<strong>da</strong>s de material leproso, num total de 68 tipos, e apenas poucos<br />

dêsses pesquisadores admitiram não se tratar do ver<strong>da</strong>deiro agente <strong>da</strong><br />

lepra os tipos de que conseguiram a proliferação.<br />

É habitual classificar essas diversas amostras segundo os aspectos<br />

macro e microscópicos <strong>da</strong> cultura, a que se acrescentam os germes<br />

obtidos em condições de anaerobiose; ter-se-iam assim os difteróides<br />

(bacilos Gram-positivos de aspecto semelhante ao dos diftéricos), os<br />

ácido-resistentes cromogênicos (produtores de culturas mais ou menos<br />

intensamente cora<strong>da</strong>s), os ácido-resistentes não cromogênicos, e, por fim,<br />

os anaeróbios. Cabe em ca<strong>da</strong> uma dessas divisões uma enumeração<br />

cronológica <strong>da</strong>s culturas obti<strong>da</strong>s, com algumas de suas características<br />

principais. Para terminar, apresentaremos, em separado, os estudos mais<br />

recentes que representaram um adiantamento nas possibili<strong>da</strong>des de cultivo<br />

do bacilo de Hansen e as considerações que o assunto merece.

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