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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 304 –<br />

poucas observações encontra<strong>da</strong>s na literatura são passíveis de crítica.<br />

Dessa maneira, quem se abalança a discutir não só as possíveis<br />

vias de penetração do bacilo de Hansen no organismo sadio, como todos<br />

os assuntos referentes à patogenia <strong>da</strong> lepra, deve fazê-lo baseando-se<br />

também nos conhecimentos de patologia geral e compara<strong>da</strong>.<br />

Não podemos fugir a essa orientação, sem frizar que nesse estudo<br />

pisamos o terreno incerto <strong>da</strong>s probabili<strong>da</strong>des, no qual importa an<strong>da</strong>r com<br />

prudência e sem pretensão de formular quaisquer conclusões, pois elas se<br />

fun<strong>da</strong>mentariam em hipóteses e suposições, faltando-lhes apôio <strong>da</strong> clínica<br />

e do laboratório.<br />

Com tô<strong>da</strong>s essas ressalvas, estudemos as possíveis vias de<br />

penetração pelas quais os bacilos podem alcançar o indivíduo sadio e nêle<br />

determinar a infecção leprótica, quando as condições são favoráveis para<br />

o seu desenvolvimento.<br />

PENETRAÇÃO DOS BACILOS ATRAVÉS DA PELE<br />

Estu<strong>da</strong>remos a possibili<strong>da</strong>de dos bacilos alcançarem o organismo<br />

através <strong>da</strong> pele, considerando-a sob o ponto de vista teórico com base nos<br />

conhecimentos de patologia geral. Em segui<strong>da</strong>, veremos se a patologia<br />

compara<strong>da</strong> traz elementos que permitam comprovar ser a pele uma <strong>da</strong>s<br />

vias de penetração do “M. leprae”.<br />

Ensina a patologia geral, que a cama<strong>da</strong> cornea <strong>da</strong> epiderme –<br />

recoberta de secreções graxas e de reação áci<strong>da</strong> – não permite a passagem<br />

de micróbios até a zona do tecido cutâneo vivo. De modo que a pele<br />

normal representa uma barreira defensiva contra as bactérias. “Está<br />

mesmo provado que a simples contaminação <strong>da</strong> superfície do corpo com<br />

materiais altamente infectantes é, em geral, inócua. Entretanto, bastaria<br />

atrito ou fricção <strong>da</strong> pele para determinar pequenas soluções de<br />

continui<strong>da</strong>de, através <strong>da</strong>s quais passam as bactérias, que também<br />

conseguem avançar nos condutos excretores <strong>da</strong>s glândulas sudoríparas e<br />

sebáceas e determinar processos infecciosos”, (265) como foi demonstrado<br />

para o estafilococo piógeno áureo, bacilo do mormo, bacilo do carbúnculo<br />

e outros.<br />

Sendo assim não será errôneo admitir-se que, também na lepra, a<br />

pele normal não permita a penetração dos bacilos de Hansen:<br />

Nas inoculações experimentais feitas com a moléstia de Stefansky,<br />

verificou-se que não se consegue transmití-la

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