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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 277 –<br />

De outro lado a citação dêstes fatos será procedi<strong>da</strong> de maneira sucinta e<br />

de relance, pois são muito numerosos os <strong>da</strong>dos coligidos a favor do<br />

contágio. Reunimo -los nos seguintes grupos:<br />

1.º – Indivíduos sãos de zonas indenes se contagiam em regiões<br />

onde a lepra é endêmica: Importa assinalar que a expressão “indene” não<br />

tem aqui valor absoluto mas apenas indica que o individuo residente em<br />

tal zona tem probabili<strong>da</strong>de muito alta de não sofrer de lepra; essa<br />

probabili<strong>da</strong>de é, por exemplo, mais alta entre os paises centro-europeus<br />

que entre os mediterrâneos, mas ambas as zonas são “indenes” em relação<br />

às grandes endemias de outras regiões do globo.<br />

Feita essa ressalva, podemos adiantar que na literatura se<br />

encontram referências a indivíduos que, deixando os seus paises, onde a<br />

lepra estava pràticamente extinta, vieram a se contagiar em regiões onde a<br />

moléstia era endêmica. Assim o assinalaram DROGNAT-LANDRE, LUTZ,<br />

BREDA e o próprio JEANSELME que os cita, sendo que este último coligiu<br />

39 observações pessoais de indivíduos nascidos em paises indenes<br />

(especialmente na França) e que se tornaram doentes de lepra após<br />

permanência mais ou menos prolonga<strong>da</strong> em áreas endêmicas <strong>da</strong> América<br />

do Sul, India, Egito e Colônias Francesas. Lembramos que na União Sul<br />

Africana muitos europeus se contaminaram, tendo sido 68 dêles<br />

internados num período de 15 anos (COCHRANE, 104 ); ROGERS, HOWARD<br />

COOK e MUIR (388) referem que dos 87 doentes observados durante os<br />

últimos 30 anos na Inglaterra, 83 haviam adquirido a moléstia fora do<br />

país, principalmente na India, Birmânia e Malaia.<br />

Citam-se casos de sol<strong>da</strong>dos, médicos e missionários europeus que<br />

adquiriram a moléstia após serviço militar, médicos ou religiosos em<br />

região onde é endêmica a lepra. Entre êsses casos é mundialmente<br />

conhecido o do Padre Damião, infectado em Molokai. Aliás, à lista<br />

compila<strong>da</strong> por JEANSELME, dos missionários europeus que adoeceram<br />

nessas condições, é possivel fazer algumas adições mais recentes.<br />

O padre marista de nacionali<strong>da</strong>de belga, Rev. Leo Lejeune,<br />

servindo entre doentes <strong>da</strong> Oceania, está hoje internado no<br />

Leprosário de Makogai. O Frei Ignace D’Ispre, capuchinho, veio<br />

ao Brasil em 1910 para trabalhar no Leprosário de Tucunduba; a<br />

lepra declarou-se

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