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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 231 –<br />

<strong>da</strong>s no “hamster”, nos galináceos, e em animais esplenectomizados e<br />

tratados pelas sapotoxinas.<br />

É nas tentativas de infecção experimental do homem que os<br />

estudos recentes de imuni<strong>da</strong>de permitem apreciações de maior interêsse<br />

quanto aos seus resultados.<br />

É sabido que na determinação de uma infecção entram em jôgo<br />

dois fatôres primordiais, de um lado o bacilo e de outro o organismo<br />

receptor. Sôbre o primeiro, podemos dizer que nem sempre fôra<br />

empregado o material mais adequado, isto é, rico de bacilos, o que<br />

diminui o valor de certo número de tentativas, nas quais se empregaram<br />

sangue e líquido pleural. Quanto ao segundo fator, referente ao organismo<br />

receptor, vemos que êle não merecera a atenção que hoje em dia suscita<br />

em segui<strong>da</strong> ao estudo dos fenômenos imunitários em relação com a<br />

lepromino-reação.<br />

Sem entrar em pormenores sôbre êste assunto, que será<br />

minuciosamente considerado noutro capítulo, podemos adiantar que a<br />

lepromino-reação consiste na injeção intradérmica de material<br />

lepromatoso esterilizado, rico de bacilos de Hansen, ao qual o organismo<br />

pode reagir positivamente, com a formação de um nódulo,<br />

freqüentemente sujeito a supuração, o que traduz um alto índice de<br />

resistência à infecção.<br />

Os casos de inoculação no homem se referiram em geral a<br />

indivíduos que não adoeceram mesmo ao contacto natural prolongado<br />

com a moléstia (DANIELSSEN e colaboradores, e outros) e nos quais<br />

podemos suspeitar <strong>da</strong> existência de um grau elevado de resistência à<br />

infecção. Nessas condições não é de estranhar que êles não tenham<br />

adoecido após a injeção do inóculo, e que no local desta se tenham<br />

produzido fenômenos reativos semelhantes aos que ocorrem nas<br />

lepromino-reações fortemente positivas, e que, até há poucos anos atrás<br />

eram atribuídos apenas à infecção secundária por falta de asepsia à<br />

inoculação.<br />

A importância do terreno no fracasso <strong>da</strong>s inoculações já havia sido<br />

entrevista por SOUZA ARAUJO, quando perguntava se o resultado negativo<br />

<strong>da</strong>s inoculações de MOURITZ não se deveria a um estado imune dos<br />

indivíduos às experimentações.

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