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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 336 –<br />

efeito entre a bacilemia e o surto febril, isto é, êste é a conseqüência de<br />

uma invasão do sangue pelos bacilos que, dos órgãos com lesões<br />

lepromatosas, conseguiram ganhar a torrente sanguínea e por esta via<br />

disseminar-se a todo o organismo. Não se pode generalizar esta conclusão<br />

a todos os doentes porque em muitos dêles observamos a bacilemia sem<br />

estar acompanha<strong>da</strong> de reação leprótica”.<br />

Além de tô<strong>da</strong>s as pesquisas já menciona<strong>da</strong>s, depõe a favor <strong>da</strong><br />

generalização hematogênica o comprometimento freqüente dos vasos<br />

sanguíneos pelo processo leprótico, conforme foi demonstrado por muitos<br />

autores e é comum observar-se nos infiltrados específicos que se<br />

desenvolvem nas várias estruturas orgânicas. De acôrdo com a feliz<br />

expressão de RABELLO JR., anteriormente cita<strong>da</strong>, “as vascularites<br />

constituem o “primum movens” <strong>da</strong>s lesões lepróticas que se desenvolvem<br />

nos tecidos, mesmo para os infiltrados inflamatórios <strong>da</strong> lepra<br />

tuberculóide”.<br />

Em conseqüência do surto hematogênico, pode surgir erupção de<br />

máculas acompanha<strong>da</strong>s de distúrbios gerais (cefaléia, febre, dores<br />

reumatóides, inapetência) tal como os que costumam estar presentes em<br />

outras moléstias infecciosas. A erupção é muitas vêzes temporária, vindo<br />

a desaparecer depois de lapso de tempo variável, que é geralmente de<br />

alguns meses. As máculas podem também infiltrar-se e fazer parte <strong>da</strong>s<br />

manifestações clínicas do doente, às quais se juntarão novas lesões, em<br />

virtude <strong>da</strong> repetição dos surtos, que são comuns nos doentes<br />

lepromatosos, os quais não reagem convenientemente ao agente<br />

patogênico (lepromino-reação negativa), de modo que é regra a<br />

progressão contínua e lenta <strong>da</strong> moléstia.<br />

Nos pacientes tuberculóides também se verificaria o surto<br />

hematogênico pelo qual os bacilos alcançariam o tegumento cutâneo, aí<br />

determinando as leprides de aspecto mui peculiar. No entanto, estando os<br />

pacientes imunizados contra o germe (o que se poderá avaliar pela<br />

positivi<strong>da</strong>de evidente <strong>da</strong> reação à lepromina), essas leprides vêm a sofrer<br />

progressiva regressão e com ela a cura <strong>da</strong> moléstia. Assinale-se porém<br />

que em pacientes tuberculóides reacionais, nos quais as defesas orgânicas<br />

não são tão acentua<strong>da</strong>s, vários surtos subintrantes podem ter lugar, à<br />

semelhança do que costuma ocorrer na lepra lepromatosa, <strong>da</strong> qual porém<br />

difere pelo decurso, em geral, benigno <strong>da</strong> infecção.<br />

Além <strong>da</strong>s vias linfáticas e hematogênicas, já estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s, a difusão<br />

dos bacilos poderá realizar-se também por

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