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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 183 –<br />

representando um estado particular do tecido leproso, ao passo que a<br />

denominação “'globia”' de MARCILOUX e BOURRET cabe apenas à colônia<br />

bacilar, à massa zoogléica específica. A globia é pois a massa esférica de<br />

bacilos, não o acúmulo de células leprosas.<br />

Granulações. Além <strong>da</strong> forma habitual do bacilo de Hansen,<br />

uniformemente corado em vermelho pelo Ziehl-Neelsen, pode-se observar<br />

germes apresentando espaços claros (vacúolos de Neisser) com diâmetro<br />

médio de 1 micron, alterna<strong>da</strong>s com massas cora<strong>da</strong>s, que formam as<br />

chama<strong>da</strong>s granulações, cujo número, tamanho e disposição são variáveis.<br />

Geralmente as granulações se dispõem no interior do bacilo, como<br />

cadeia de 3-5 elementos; às vêzes há apenas duas granulações ocupando<br />

ambas as extremi<strong>da</strong>des do bacilo e separa<strong>da</strong>s por grande espaço lacunar, o<br />

que simula o aspecto de um diplobacilo. Pode-se observar ain<strong>da</strong> uma<br />

única granulação isola<strong>da</strong> no interior, provi<strong>da</strong> por vêzes de um<br />

prolongamento delgado, com aspecto de nota musical.<br />

Quando se observam bastonetes aderentes aos pares, o ponto dessa<br />

aderência parece coincidir com a locação <strong>da</strong>s granulações; também os<br />

elementos chamados “ramificações” são presos ao corpo do bacilo por<br />

meio <strong>da</strong> granulação.<br />

Algumas granulações podem ser mais volumosas que outras no<br />

interior do mesmo bacilo; o mesmo preparado pode apresentar formas<br />

sóli<strong>da</strong>s e formas com graus diversos de granulação. Os elementos<br />

granulosos podem se libertar do corpo bacilar e se apresentar como cocos<br />

ou pontos ain<strong>da</strong> menores, quase invisíveis; às vêzes êles se juntam aos<br />

pares simulando diplococos ou em cachos, outras vêzes se distribuem<br />

como poeira de granulações ácido-resistentes por todo o preparado,<br />

formando aglomerados aqui e acolá. São grandes as variações <strong>da</strong> ácidoresistência<br />

e alguns chegam a perdê-la completamente, embora<br />

conservem a Gram-positivi<strong>da</strong>de: nesses casos a formação em cachos pode<br />

simular perfeitamente os estafilococos. Raramente, os grânulos isolados<br />

se podem reunir em cadeia simulando um bacilo integro fortemente<br />

granuloso.<br />

O estudo completo <strong>da</strong>s granulações exige a coloração por vários<br />

processos especiais, que podem demonstrar a existência delas em bacilos<br />

aparentemente sólidos ao Ziehl-Neelsen habitual.<br />

Nos antigos processos à base de ácido ósmico os grânulos<br />

apareciam corados em pardo-escuro, parecendo ser constituidos portanto<br />

de graxas, cêras ou lipóides. Pelo azul-poli-

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