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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 59 –<br />

Império. Nêsse relatório, propunha-se, para solução do problema <strong>da</strong> lepra,<br />

“uma boa estatística” e a lei do sequestro não só para separar os doentes<br />

dos sãos, como os cônjuges, a fim de evitar a procreação de uma prole<br />

morfética e a perpetuação de uma geração doente, pois, grande número de<br />

doentes eram talvez de origem herditária. (7) .<br />

Outro fun<strong>da</strong>dor <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de de Medicina do Rio de Janeiro, Dr.<br />

JOAQUIM CANDIDO SOARES DE MEIRELLES, escreveu sua tese em Paris,<br />

em 1827”, “Dissertation sur I’histoire de I’elephantiase”, ensaiou o uso <strong>da</strong><br />

joanesia e escreveu sôbre “o paralelo entre as duas especies de morféa”.<br />

(1)<br />

.<br />

3. Até por volta <strong>da</strong> primeira déca<strong>da</strong> dêste século não poucas<br />

foram as teses, tanto do Rio como <strong>da</strong> Bahia, que dissertaram sôbre a lepra<br />

e, nêsse longo período de quase todo o último meiado do século e a<br />

primeira déca<strong>da</strong> do seguinte, destacaram-se, por seus estudos, vários<br />

cientistas: Prof. GÓES SIQUEIRA, na direção do Hospital de Lázaros <strong>da</strong><br />

Bahia, que estudou o guano e o assacú (52) ; o Dr. AZEVEDO LIMA na<br />

direção do hospital dos lázaros do Rio, que ali instalou um laboratório de<br />

microbiologia e anatomia patológica, em 1894 (3) , combateu a<br />

hereditarie<strong>da</strong>de <strong>da</strong> lepra e fêz estudos sôbre a terapêutica dessa moléstia, e<br />

RAIMUNDO NINA RODRIGUES, que se interessou pelo problema no<br />

Maranhão, na Bahia e todo o Norte (1886-1890). (9) .<br />

Notáveis foram também, no último vintênio do século passado, os<br />

estudos de JOSÉ LOURENÇO DE MAGALHÃES, o primeiro a considerar o<br />

problema <strong>da</strong> lepra, sob o ponto de vista nacional. Escreveu sôbre o<br />

assunto várias obras (53 a 58) .<br />

Apesar de anticontagionista, MAGALHÃES, preconizando medi<strong>da</strong>s<br />

sanitárias a ser executa<strong>da</strong>s com humani<strong>da</strong>de, é o precursor <strong>da</strong> campanha<br />

contra a lepra em nosso país, embora a sua ação não tenha conseguido a<br />

repercusão que teria mais tarde EMILIO RIBAS. (1) .<br />

Outro cientista notável que se interessou pela lepra foi LUTZ<br />

(1888), que publicou trabalhos sôbre microbiologia, clínica e<br />

epidemiologia (1) .<br />

4. De 1910 em diante tornam-se muito freqüentes as publicações<br />

sôbre a lepra. A endemia incrementava-se no país e o problema <strong>da</strong> lepra<br />

tornava-se ca<strong>da</strong> vez mais árduo. Os médicos não ficavam indiferentes,<br />

estu<strong>da</strong>ndo-a e solicitando medi<strong>da</strong>s necessarias às autori<strong>da</strong>des para refrear<br />

o mal. Esta fase, 1910 até 1930, mais ou menos, caracterizou, graças ao<br />

interêsse havido pelos cientistas, a campanha que

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