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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 340 –<br />

tiveram origem na hipótese de THIROUX de que a lepra seria inicialmente<br />

ganglionar. Essa hipótese recebeu apôio integral de MARCHOUX, que veio<br />

a tornar-se o seu mais conhecido defensor, afirmando que a lepra dos<br />

ratos sempre começa por um gânglio, sendo possível que o mesmo suce<strong>da</strong><br />

com a lepra humana. Para obter confirmação do seu modo de pensar,<br />

sugeriu êle a LEBOEUF e SOREL que procedessem a baciloscopia no<br />

material de punção ganglionar em indivíduos que conviviam com doentes<br />

de lepra, o que aquêles autores realizaram, conseguindo resultado positivo<br />

em alguns casos. Resultados idênticos foram obtidos por COUVY,<br />

BREUSEGHEM; o mesmo não sucedeu com os nossos exames, que<br />

resultaram negativos em mais de uma centena de comunicantes<br />

puncionados.<br />

Baço: Ain<strong>da</strong> nos lepromatosos é muito freqüente a presença de<br />

bacilos no tecido esplênico, podendo-se evidenciá-los já pela punção do<br />

baço (como o fizemos em uma dezena de pacientes) ou nos cortes<br />

histológicos. Essas punções resultaram negativas em 20 doentes do tipo<br />

neural.<br />

Medula óssea: O “M. leprae” localiza-se comumente na medula<br />

óssea dos lepromatosos, não tendo sido evidenciados nos doentes neurais.<br />

Fígado: Do mesmo modo que no baço, os bacilos são encontrados<br />

mui freqüentemente no figado dos lepromatosos, sendo interessante notar,<br />

a propósito, que em 69 doentes dêsse tipo que necropsiámos, foram<br />

evidenciados processos específicos com bacilos em 95,7% dos casos.<br />

O fato de habitualmente não se conseguir evidenciar o “M. leprae”<br />

nos gânglios, fígado, baço e medula óssea dos doentes neurais, não quer<br />

dizer que êle não possa alcançar essas estruturas, o que é bem possível<br />

que suce<strong>da</strong>, pois algumas delas (baço e medula óssea) apresentam<br />

disposição tal que lhes permite reter os germes em geral. Assim por<br />

exemplo, nos tuberculóides reacionais, onde se pode evidenciar<br />

bacilemia, é provável que os bacilos de Hansen atinjam êsses órgãos,<br />

como alcançaram a pele, irrompendo de um foco interno em que estavam<br />

acantonados. Acontece porém que sendo o organismo dêsses indivíduos<br />

dotado de grande imuni<strong>da</strong>de, os germes são ràpi<strong>da</strong>mente destruidos, fato<br />

êsse que pode ser comprovado com as leprides reacionais, que<br />

inicialmente oferecem material positivo ao exame bácterioscópico,<br />

tornando-se em segui<strong>da</strong> abacilíferas.

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