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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 192 –<br />

(Streptothrix leproides), puderam DEYCKE e RESCHAD (126) extrair uma<br />

substância gordurosa, a “nastina”, que ensaiaram na terapêutica <strong>da</strong><br />

moléstia.<br />

Dos estudos de UNNA e sua escola, prosseguidos por UNNA JR.,<br />

resulta o conhecimento de que as gorduras neutras existem no bacilo em<br />

pequena quanti<strong>da</strong>de, enquanto são abun<strong>da</strong>ntes os ácidos graxos,<br />

principalmente os de ponto alto de fusão, como o palmítico e o olêico.<br />

Êsses ácidos graxos não estão combinados com a colesterina, mas se<br />

apresentam livres ou então em combinação com a lecitina, o que explica a<br />

resistência <strong>da</strong> coloração <strong>da</strong> fucsina ao tratamento pela acetona.<br />

O éter e o clorofórmio, agindo sôbre essas substâncias graxas,<br />

alteram a morfologia do germe e chegam a produzir lacunas, donde a<br />

conclusão de UNNA JR. (483) de que é irregular a distribuição de graxas no<br />

corpo bacilar; isto está de acôrdo com a observação de bacilos<br />

apresentando zonas mais e menos ácido-resistentes. As granulações,<br />

segundo PALDROCK (345) , são constituí<strong>da</strong>s, na maior parte, de ácido<br />

nucleínico livre Gram-positivos, enquanto no corpo bacilar predomina a<br />

nucleína ou núcleo-proteína. Há também nas granulações, lipídeos e<br />

lipoprotídeos, de acôrdo ain<strong>da</strong> com PALDROCK.<br />

As substâncias que compõem a gléia são lipóides homogêneos e<br />

isótropos, corando-se em vermelho-amarelado pelo escarlate R, mas não<br />

pelo Unna-Golodetz para a colesterina, nem pelo Fischer para ácidos<br />

graxos e sabões; também não se cora pelo ácido ósmico.<br />

Da serie de estudos modernos sôbre a química dos bacilos ácidoresistentes<br />

em geral, empreendidos principalmente por ANDERSON,<br />

MENZEL, SEIBERT , HEIDELBERGER, SABIN (14) e outros pode-se <strong>da</strong>r a<br />

seguinte composição química dêsses germes e que corresponderia<br />

aproxima<strong>da</strong>mente à do bacilo de Hansen em particular.<br />

Lipídeos<br />

Os bacilos ácido-resistentes se distinguem de tô<strong>da</strong>s as outras<br />

bactérias pelo seu alto teor em lipídeos, que constituem de 25 a 40% do<br />

total. Êsses lipídeos se compõem de fosfatídeos, gorduras e cêras, em<br />

proporções variáveis segundo as espécies, e cuja composição é, por sua<br />

vez, peculiar às bactérias pois que contém muitos ácidos, alcóois e<br />

polissacarídeos desconhecidos anteriormente.

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