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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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em que se deu a contaminação. De outro lado, mesmo a primeira<br />

manifestação aparente <strong>da</strong> moléstia passa despercebi<strong>da</strong>, de modo que se<br />

incorre no êrro de se considerar como primeiro acidente <strong>da</strong> lepra o que na<br />

reali<strong>da</strong>de seria uma manifestação tardia.<br />

Além disso, o tempo de incubação é variável segundo os casos,<br />

podendo ser mais ou menos longo, de acôrdo com a quanti<strong>da</strong>de e<br />

virulência dos germes, com sua via de penetração e com a receptivi<strong>da</strong>de<br />

do organismo invadido.<br />

GENERALIZAÇÃO DA LEPRA<br />

Na etiopatogenia <strong>da</strong> lepra, já consideramos qual a provável marcha<br />

dos bacilos no organismo, a fim de determinar a infecção, tendo sido<br />

assinalado o papel importante que a via linfo-hemogênica desempenha na<br />

disseminação dos germes. Também na generalização <strong>da</strong> lepra a<br />

importância dessa via, principalmente a hematogênica, é relevante,<br />

admitindo-se que ela possa ser utiliza<strong>da</strong> pelo bacilo de duas maneiras<br />

diferentes:<br />

1.°) Tendo vencido as barreiras cutâneo-mucosas e se<br />

multiplicado nos gânglios, onde permaneceram acantonados, os bacilos<br />

progridem nos vasos linfáticos e finalmente alcançam o canal torácico,<br />

pelo qual se lançam na veia cava e em segui<strong>da</strong> na circulação geral;<br />

2.°) Invadindo os capilares sanguíneos, os bacilos atingem<br />

diretamente a torrente sanguínea, processando-se então a sua<br />

disseminação.<br />

A generalização <strong>da</strong> moléstia pela via hematogênica explica porque<br />

as lesões lepróticas se localizam em pontos diversos do tegumento, a<br />

miudo com disposição simétrica. Além disso, a utilização dessa via pelos<br />

bacilos pode ser demonstra<strong>da</strong> pelo resultado positivo <strong>da</strong> bacterioscopia do<br />

sangue, no qual muito freqüentemente se evidencia o “M. leprae” nos<br />

doentes lepromatosos, mesmo sem terem reação leprótica, e até nos<br />

tuberculóides reacionais, como FERNANDEZ (150) e nós mesmos pudemos<br />

comprovar em três doentes dos 145 tuberculóides que foram submetidos a<br />

êsse exame.<br />

No fim do século passado foram numerosos os autores que<br />

procuraram evidenciar o bacilo de Hansen no sangue circulante.<br />

Alguns leprólogos, tais como

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