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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 215 –<br />

CONCLUSÃO<br />

De um modo geral, negam os bacteriologistas qualquer valor à<br />

grande maioria <strong>da</strong>s culturas obti<strong>da</strong>s por semeadura de material<br />

lepromatoso, mas tendem a encarar de um ponto de vista mais favorável<br />

as culturas não cromogênicas, de desenvolvimento exíguo e lento. De<br />

tô<strong>da</strong>s estas, as mais comumente aceitas como culturas do bacilo de<br />

Hansen, seriam as obti<strong>da</strong>s por SOULE e MC KINLEY, de que foi precursor<br />

WHERRY, e que se basearam no princípio <strong>da</strong> respiração bacteriana<br />

enunciado por NOVY e colaboradores.<br />

Embora tenham falhado as tentativas de repetição por parte de<br />

outros autores, parece que as culturas de SOULE e MC KINLEY<br />

representam o maior adiantamento na questão <strong>da</strong> cultivabili<strong>da</strong>de do bacilo<br />

de Hansen, a ponto de serem aceitas pelo autorizado Manual de Bergey<br />

sob a designação de “culturas de Mycobacterium leprae”. Como ficou<br />

dito, trata-se de colônias puntiformes, de crescimento muito lento,<br />

tendendo à degeneração em sub-culturas sucessivas.<br />

Torna-se assim bastante interessante passar êsses germes<br />

cultivados pela prova hoje exigi<strong>da</strong> por muitos autores, e que é a <strong>da</strong><br />

intradermo -reação com êsse material em comparação com a lepromina.<br />

Considerando a grande dificul<strong>da</strong>de que existe atualmente para<br />

estabelecer a identi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s bactérias cultiva<strong>da</strong>s, torna-se difícil, na<br />

reali<strong>da</strong>de, aceitar a natureza leprótica <strong>da</strong>s diversas culturas obti<strong>da</strong>s por<br />

semeadura de material rico em bacilos de Hansen; por outro lado, essa<br />

mesma dificul<strong>da</strong>de nos obriga a ser mais tolerantes com os resultados dos<br />

bacteriologistas de renome que vêm anunciando culturas positivas do<br />

bacilo <strong>da</strong> lepra, já que não temos elementos decisivos para impugná-las a<br />

tô<strong>da</strong>s.<br />

Sem querer admitir a vali<strong>da</strong>de de tô<strong>da</strong>s as anuncia<strong>da</strong>s “culturas”,<br />

que não passariam, de fato, de grande maioria de contaminações; e sem<br />

menosprezar a possibili<strong>da</strong>de de infeccão do meio por ácido-resistentes<br />

não patogênicos existentes no próprio organismo – não podemos deixar<br />

de pesar a importância do grande número de trabalhos favoráveis à<br />

existência de um ciclo vital do bacilo de Hansen, com fases de cultivo<br />

possível e talvez fácil, embora os estudos de cultura <strong>da</strong> lepra murina (v.<br />

adiante) sejam aparentemente contrários à hipótese dêsse ciclo.<br />

Embora na<strong>da</strong> esteja provado, não é totalmente descabi<strong>da</strong> a hipótese<br />

de que no meio exterior ao organismo o ba-

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